ESPECIALISTAS AFIRMAM NA CPI QUE 4 DE CADA 5 MORTES PELA COVID NO BRASIL PODERIAM TER SIDO EVITADAS
- Alexandre Costa
- 24 de jun. de 2021
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O epidemiologista e professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Pedro Hallal e a diretora-executiva da Anistia Internacional e coordenadora do movimento Alerta, Jurema Werneck, foram ouvidos pela CPI da Covid, nesta quinta-feira (24/6). Durante a audiência, eles afirmaram que o Brasil poderia ter evitado que cerca de 400 mil pessoas morressem em decorrência da Covid-19, caso tivesse adotado uma política efetiva de controle lastreada em ações não farmacológicas desde o início da pandemia, em março de 2020.
Segundo Hallal, quatro de cada cinco mortes pelo novo coronavírus poderiam ter sido evitadas se o Brasil seguisse as políticas adotadas por outros países. "Ontem, uma de cada três mortes por Covid no mundo foi no Brasil", disse o pesquisador no início do depoimento. "Podíamos ter salvo 400 mil vidas no Brasil apenas se estivéssemos na média mundial”, destacou o epidemiologista, lembrando que o Brasil tem 2,7% da população mundial, mas registra 12,9% das mortes por Covid-19 em nível mundial.
Jurema Werneck informou ao colegiado que ao longo das 52 primeiras semanas da pandemia no país, cerca de 305 mil óbitos poderiam ter sido evitados. Ela afirmou que o Brasil poderia registrar uma redução de até 40% na transmissão do coronavírus caso medidas restritivas, como o isolamento social, tivessem sido adotadas no início da crise sanitária. "Se tivéssemos agido como era preciso, a gente podia ainda no primeiro ano de pandemia ter salvo 120 mil vidas”, referiu.