
A corrida em busca de votos para o segundo turno da eleição à Prefeitura de Porto Alegre já começou. Tanto Manuela D'Ávila (PCdoB) quanto Sebastião Melo (MDB) deram início nesta segunda-feira (16/11) à busca pelo apoio dos adversários e dos respectivos votos obtidos no primeiro turno. No domingo, dia 29 de novembro, os eleitores vão às urnas novamente para definir o futuro da capital gaúcha.
Manuela recebeu o apoio de Fernanda Melchionna (PSOL), nesta segunda-feira (16/11), durante encontro que contou com a presença de representantes das duas campanhas. Melchionna, que ficou em quinto lugar nas urnas, obtendo 27.994 votos (4,34%), afirmou que é preciso derrotar a velha direita, referindo-se a Melo. O apoio do PSOL à candidatura de Manuela é extremante importante, pois o partido conquistou quatro cadeiras na Câmara Municipal, sendo duas delas com os vereadores mais votados na cidade, Karen Santos e Pedro Ruas. Manuela também recebeu o apoio da direção municipal da Rede Sustentabilidade, que integrava a coalizão de Juliana Brizola, o que pode indicar um apoio de Juliana à candidata do PCdoB.

Sebastião Melo (MDB) recebeu apoio do atual vice-prefeito Gustavo Paim (PP), que concorreu à Prefeitura e ficou na oitava colocação, com 7.989 votos (1,24%). O PP elegeu dois vereadores à Câmara, Mônica Leal e Cassiá Carpes. Valter Nagelstein (PSD), que obteve 20.033 votos (3,1%), deve anunciar nos próximos dias o seu apoio a Melo. O atual prefeito Nelson Marchezan não se pronunciou sobre um eventual apoio a Melo. Porém, a tendência é que seus eleitores votem no candidato do MDB.

O apoio de Juliana Brizola, que ficou em quarto lugar na eleição à Prefeitura, com 41.407 votos (6,41%), está em disputa tanto por Manuela quanto por Melo. A tendência natural seria o apoio a Manuela D'Ávila, em função da posição de centro-esquerda, e com a história do trabalhismo. Porém, os dois vereadores eleitos no domingo, Mauro Zacher e Marcio Bins Ely, estiveram no governo de José Fortunati (então no PDT, hoje no PTB) e do seu vice na época, Sebastião Melo. Além disso, em 2016, Juliana foi vice de Melo, na chapa que foi derrotada por Marchezan. Os números do primeiro turno (31% para Melo e 29% para Manuela) indicam que a disputa para a Prefeitura de Porto Alegre será muita disputada. Além de disputarem os votos dados aos adversários no primeiro turno, Manuela D'Ávila e Sebastião Melo também devem buscar o apoio entre os eleitores que votaram em branco, anularam ou não compareceram às urnas e que somam mais de 40% dos eleitores.