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BRIGADA MILITAR PROTEGE ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS, MAS DESCE O CASSETE EM SEM TETO E NOS SEM-TERRA

Foto do escritor: Alexandre CostaAlexandre Costa

Matéria do jornalista Luciano Valleda, publicada no site Sul21, na sexta-feira (25/11), intitulada "Conhecida pelo uso da força, BM diz aguardar ordens para agir contra golpistas na Capital" mostra exatamente como age a Brigada Militar do Rio Grande do Sul, a partir de uma atuação ideologizada e que tem dois pesos e duas medidas, como aponta Jucemara Beltrami, uma das advogadas mais atuantes na defesa da democracia, dos direitos humanos e das causas relacionadas aos movimentos sociais em Porto Alegre. No fim deste texto, confira alguns vídeos em que o www.esquinademocratica.com registrou ações violentas da BM contra manifestantes de esquerda.


A reportagem compara a postura das polícias, em todo país, frente aos atos antidemocráticos protagonizados por bolsonaristas com outras manifestações promovidas por movimentos sociais, estudantes, trabalhadores, partidos de esquerda, centrais sindicais, entre outros. Também cita episódios em que


Os manifestantes, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), discordam do resultado das urnas e da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como novo presidente do Brasil. Os atos antidemocráticos, que estão ocorrendo em diversas cidades do país, têm como objetivo a anulação do pleito por meio de uma intervenção militar, o que impediria Lula de retornar ao Palácio do Planalto a partir do dia 1º de janeiro de 2023.


A reportagem do Sul21 cita a situação da Rua Padre Tomé, no centro de Porto Alegre, que permanece trancada há mais de 20 dias em função do acampamento junto ao Comando Militar do Sul e das seguidas manifestações promovidas por bolsonaristas. Ao contrário do que normalmente ocorre em atos de esquerda, a posição do atual governador Ranolfo Vieira Júnior (PSDB) é de extrema cautela. A ordem é dispersar o movimento por meio do diálogo, sem o uso da força policial, o que de certa forma contraria determinação do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado determinou a desobstrução imediata das vias públicas bloqueadas por atos golpistas em todo o país, no dia 11 de novembro.


A reportagem de Luciano Valleda traz a posição do tenente-coronel Fábio da Silva Schmitt, comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM), responsável pelo centro da Capital, sobre o que fazer para pôr fim aos atos antidemocráticos que perduram na cidade. "Aguardando ordens", afirma o comandante, explicando que existe um protocolo para a desobstrução de vias públicas. Na matéria, o tenente-coronel Schmitt explica que fez dois pedidos recentes aos bolsonaristas. Na quinta-feira da semana passada (17), solicitou que fossem retirados os veículos que estavam estacionados irregularmente na rua, que foi atendido pelo movimento. No entanto, o outro pedido, para retirar as barracas armadas na rua, não foi atendido.


O militar refuta a possibilidade de que a demora em pôr fim ao ato golpista possa transmitir a ideia de que a BM está sendo complacente ou omissa. Segundo ele, a situação está sendo monitorada e a intenção é retirar as pessoas de forma pacífica. “Não sei te dizer se vai ser construída uma ordem de dispersão. O próximo passo é a saída deles”, afirma Schmitt, rechaçando a possibilidade de haver “dois pesos e duas medidas” entre a atuação da BM frente ao atos golpistas e outras manifestações já ocorridas na capital gaúcha. O comandante do 9º BPM ressalta que se uma ação ostensiva for feita e causar ferimento em crianças e idosos, por exemplo, a repercussão será muito negativa.


A reportagem traz fotos de Guilherme Santos e legendas explicativas:


"No final de 2016, Brigada usa bombas de gás para dispersas manifestantes contra a PEC 55 do governo Temer".


Em 2016, estudantes que protestavam contra pacote de medidas do governo Sartori não tiveram o mesmo tratamento por parte da BM".


"Em junho de 2017, a polícia montou uma operação de guerra para cumprir ordem judicial e despejar famílias da Ocupação Lanceiros Negros.

ADVOGADA APONTA EPISÓDIOS DE VIOLÊNCIA DA BM

A advogada Jucemara Beltrami enumera situações em que a BM não teve a mesma disposição para o diálogo como demonstra com os apoiadores do presidente Bolsonaro. Ela cita a maneira violenta como a polícia agiu nos atos contra o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, em 2016. "A polícia usou o expediente de agentes infiltrados, os chamados P2, para se misturar em meio aos manifestantes e obter informações". Nas manifestações contra o impeachment de Dilma, Jucemara recordou que a repressão da polícia ocorria na parte final do ato, com a justificativa de acelerar a dispersão e desobstruir a rua.


Jucemara também citou a atuação da BM nas ocupações de escolas promovida por estudantes em defesa da educação pública, também em 2016. “Houve também nesses atos uma violenta reação da Brigada Militar. Inclusive com a detenção de menores, segurando os estudantes e jogando spray de pimenta nos olhos e nas pessoas. Sempre de uma forma muito agressiva, muito violenta, com cavalos, cassetete, balas de borracha e spray de pimenta”, relembra. A advogado também citou o emblemático caso da Ocupação Lanceiros Negros, em 2017, cujas famílias foram despejadas, durante uma das madrugadas mais frias e chuvosas. "Naquela ocasião, de posse de uma decisão judicial tal como existe agora em relação aos atos antidemocráticos, a opção não foi a via do diálogo".





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