Documentário "Doutor Araguaia" tem pré-estreia na quarta (13/11) em São Leopoldo e no sábado (16/11) em Porto Alegre
- Alexandre Costa
- 13 de nov. de 2024
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A pré-estreia do documentário “Doutor Araguaia – A História do Médico João Carlos Haas Sobrinho” será na quarta-feira (13/11), em São Leopoldo (RS), no Cinesystem; e no sábado (16/11), em Porto Alegre, na Casa Diógenes de Oliveira, no bairro Cidade Baixa. Dirigido por Edson Cabral, o filme é uma produção independente da TG Economia Criativa, tem duração de 90 minutos e foi financiado com recursos de um edital da Lei Paulo Gustavo – Tocantins. A obra conta ainda com o apoio das prefeituras de São Leopoldo e de Porto Franco (MA) e da Fundação Mauricio Grabois (FMG).
O documentário é uma iniciativa da publicitária Sônia Haas, irmã de João Carlos, que assumiu a missão de resgatar a história do irmão, nascido em São Leopoldo, em 1941, e que como tantos outros jovens, decidiu lutar contra a ditadura militar. Após a conclusão do curso, João Carlos foi trabalhar nas regiões de Porto Franco e Xambioá (TO), sendo médico pioneiro em comunidades completamente desassistidas, que tiveram, pela primeira vez, a oportunidade de serem atendidas por um profissional da saúde.
Conforme relatos e entrevistas feitas para o filme, João Carlos Haas era um médico amado e respeitado pelos camponeses da região. Mesmo com recursos precários, entre 1964 e 1972, atendeu, cuidou e salvou muitas vidas. Militante do PCdoB, disposto a lutar pela democracia e pela liberdade do Brasil, o médico se engajou à Guerrilha do Araguaia e foi assassinado na região do Bico do Papagaio, que perpassa os estados do Maranhão, Tocantins e Pará.
Os restos mortais de João Carlos jamais foram entregues aos familiares e os responsáveis pela sua morte nunca foram punidos.
O título do documentário foi inspirado na revista em quadrinhos “Doutor Araguaia, a História de João Carlos Haas Sobrinho”, de Diego Moreira e Gabriel Kolbe, lançado em 2023 pela editora Alameda. Recentemente, o diretor Edson Cabral contou à jornalista Priscila Lobregatte, do portal Vermelho, que o processo de criação do documentário levou três anos, com leituras de livros, relatórios e documentos, muitos dos quais fazem parte do acervo pessoal da família Haas e da Fundação Maurício Grabois. Além disso, foram realizadas dezenas de entrevistas nas cidades de Brasília, São Paulo, Porto Franco, Xambioá, São Geraldo, Goiânia, São Leopoldo e Porto Alegre. CONVERSA DE JORNALISTA No dia 9 de novembro, Sônia Haas concedeu entrevista ao Conversa de Jornalista, programa da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), direto da Feira do Livro, em parceria com o Brasil de Fato R e com a presença da jornalista Kátia Marko. CONFIRA A ENTREVISTA