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Foto do escritorAlexandre Costa

DO LIVRO AO CINEMA, "O COMPLÔ" É REFERÊNCIA E INSPIRAÇÃO PARA O FÓRUM SOCIAL JUSTIÇA E DEMOCRACIA

Lançado no final de 2017, o livro “O Complô", do deputado constituinte Hermes Zaneti, denuncia a farsa da dívida pública brasileira. O conteúdo bombástico da obra, silenciado pela chamada grande imprensa brasileira, tem servido de referência para as discussões promovidas pelo Fórum Social Mundial Justiça e Democracia (FSMJD). O trabalho realizado por Zaneti também inspirou o cineasta gaúcho Luiz Alberto Cassol, que está produzindo um curta-metragem baseado no livro. O filme pretende demonstrar, de forma didática, como o sistema financeiro e seus agentes políticos sequestraram a economia do país, que já pagou mais de R$ 25 trilhões em juros da dívida.

O livro de Zaneti revela as práticas e as manobras utilizadas para beneficiar as elites e prejudicar o povo, como a manutenção de uma maior carga tributária para os mais pobres e a retirada de direitos dos brasileiros, conforme demonstra por meio da farta documentação apresentada na obra. “‘O Complô’ é a ação institucional dos detentores de poder Federal, poder Legislativo, Executivo, Judiciário e MPF com a ação voltada contra os interesses da maioria do povo brasileiro”, afirma o ex-deputado, lembrando que a dívida pública brasileira é de mais de R$ 7,1 trilhões.


"Quanto desse dinheiro você pagou e quanto veio para a sua qualidade de vida? De 1988 até hoje, o número de favelas dobrou e a dívida pública disparou. Onde está esse dinheiro? O povo tem de saber que está pagando a conta”, adverte.

“A partir da obra do Zaneti, vamos abordar o que aconteceu de lá para cá em relação ao sistema financeiro, ao rentismo, a dívida pública e o quanto isso impacta na vida dos brasileiros", explicou o diretor do curta, o cineasta gaúcho Luiz Alberto Cassol, em matéria publicada pelo jornal Brasil de Fato/RS.


COMPLÔ E LAWFARE Identificar casos de lawfare tem sido um verdadeiro desafio para advogados, juristas e lideranças políticas e sociais no mundo inteiro, mas principalmente na América Latina. Além da dificuldade de localizar e reconhecer práticas nefastas que se escondem nas sombras dos ordenamentos jurídicos, é necessário comprovar a existência delas, desmascará-las e denunciá-las. Esta tem sido uma das batalhas assumidas pelos idealizadores do Fórum Social Mundial Justiça e Democracia (FSMJD), que também enxergam em "O Complô", características que evidenciam o lawfare, esta espécie de camaleão que se vale do mimetismo para burlar o sistema jurídico, manipular a opinião pública e iludir a sociedade.


A tradução literal para o termo, que surgiu a partir da junção das palavras law (lei) e warfare (guerra), é guerra jurídica. A partir da aparência de legalidade e da neutralidade, as estratégias utilizadas no lawfare se impõem por meio de distorções cometidas à sombra da Justiça. As consequências da manipulação das leis, tanto do ponto de vista do estado quanto dos indivíduos, são extremamente graves, geralmente desastrosas e muitas vezes irreversíveis.


A expressão, que inicialmente foi utilizada para definir estratégias militares no âmbito de guerras internacionais, ganhou outros sentidos e significados. Atualmente, o termo se difundiu pelo mundo e passou a fazer parte do dicionário político contemporâneo. As táticas de guerra utilizadas nas décadas de 60 e 70 pelos EUA, que deram sustentação às ditaduras militares em diversos países da América Latina, foram substituídas por estratégias mais amenas, a partir da utilização política do sistema jurídico e da manipulação da opinião pública através das grandes empresas de comunicação que formam o conglomerado da imprensa.

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