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DITADURA, CENSURA E TORTURA: O BRASIL JAMAIS ESQUECERÁ AS ATROCIDADES COMETIDAS NO REGIME MILITAR


"É como se eles corrompessem sua alma, destruindo o que você tem de bom (...). Eles querem, através do massacre, da desumanidade, que você traia, que você rompa todos os vínculos que tem, como no caso que eu vi, de uma menina que entregou o próprio pai”.


O trecho acima faz parte de uma longa entrevista concedida por Maria do Carmo Serra Azul à Adital. Cacau, como é conhecida pelos amigos, é uma ex-presa política, que foi torturada nos porões do DOI-CODI, um dos órgãos repressores da ditadura militar brasileira. As torturas a que eram submetidos os presos políticos levaram ao surgimento de outro termo: desaparecidos políticos, pessoas que simplesmente sumiram após serem detidas pela polícia. O site Acervo da Luta Contra a Ditadura(link is external) revela que existem mais de 200 mortes oficiais no período da ditadura, contudo esse número deve ser bem maior, tendo em vista que muitos mortos foram simplesmente "desovados”, para utilizar um termo que os próprios opressores usavam. Outro número oficial, que, na realidade, também deve ser bem maior, é o de desaparecidos. O site Desaparecidos Políticos(link is external) lista 379 nomes de pessoas que sumiram desde que foram presas durante o regime militar. Esse número é baixo se levarmos em conta que muitas famílias não relataram o desaparecimento dos seus entes por medo de sofrerem represálias por parte dos militares.


Em tempos de pandemia, as manifestações de repúdio ao período da ditadura militar, iniciado com o golpe de 31 de março de 1964, estão restritas às sacadas e janelas e também pela web.


O vídeo abaixo é de abril de 2019, um registro do jornalista Alexandre Costa, durante manifestação no Brique da Redenção, em Porto Alegre.



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