Presa e barbaramente torturada durante a ditadura militar, a ex-presidenta Dilma Rousseff se manifestou no domingo (31/3), data que marca os 60 anos do golpe e, consequentemente, os 21 anos de ditadura no Brasil. Ao contrário do presidente Lula (PT), que determinou ao governo a suspensão de atos em alusão ao golpe para não tencionar o ambiente político, Dilma disse ser "crucial" relembrar as atrocidades cometidas pelos militares para assegurar que essa tragédia não se repita.
A foto de Evaristo Sa/AFP/Getty Images, que foi publicada no dia 10 de dezembro de 2014, mostrou Dilma chorando durante o discursoem que revelou ter sido torturada durante a ditadura.
Em 2001, ao relatar a violência das sessões de tortura a qual foi submetida, em depoimento ao Conselho Estadual de Direitos Humanos (Conedh-MG), Dilma revelou: “minha arcada girou para o lado, me causando problemas até hoje, problemas no osso do suporte do dente. Me deram um soco e o dente se deslocou e apodreceu. […] Só mais tarde, quando voltei para São Paulo, o Albernaz (capitão Alberto Albernaz, do DOI-Codi de São Paulo) completou o serviço com um soco, arrancando o dente”. "Forças reacionárias e conservadoras se uniram, rasgaram a Constituição, traíram a democracia, e eliminaram as conquistas culturais, sociais e econômicas da sociedade brasileira. O presidente João Goulart, legitimamente eleito, foi derrubado e morreu no exílio.
No passado, como agora, a História não apaga os sinais de traição à democracia e nem limpa da consciência nacional os atos de perversidade daqueles que exilaram e mancharam de sangue, tortura e morte a vida brasileira durante 21 anos. Tampouco resgata aqueles que apoiaram o ataque às instituições, à democracia e aos ideais de uma sociedade mais justa e menos desigual. Ditadura nunca mais!", declarou a ex-presidenta Dilma Rousseff.
O dia que Dilma mostrou COM CORAGEM no Senado os horrores vividos na Ditadura!
