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Dilma retorna ao Palácio da Alvorada, 8 anos após golpe

Foto do escritor: Alexandre CostaAlexandre Costa

A imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva caminhando lado a lado com Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada, nesta sexta-feira (26), mexeu com a memória recente dos brasileiros. "Sempre bem-vinda", escreveu Lula nas redes sociais. A imagem é resultado da sensibilidade apurada das lentes do competentíssimo Ricardo Stuckert, que nos faz viajar no tempo. Impossível não lembrar da resistência ao golpe travada por milhões de brasileiros que saíram às ruas em defesa da democracia. A farsa do impeachment foi imposta ao Brasil pelos setores mais atrasados e conservadores do país, com ajuda da chamada "grande mídia". Um golpe de Estado, arquitetado de forma criminosa contra a primeira mulher eleita democraticamente pelo povo brasileiro para o cargo mais elevado da República.


Em abril de 2016, a Câmara dos Deputados aprovou o relatório favorável ao impeachment da presidenta, por 367 votos favoráveis e 137 contrários. O processo seguiu para o Senado, onde também foi aprovado, com 61 votos favoráveis a cassação e apenas 20 votos contrários. Após ser deposta, o então vice-presidente Michel Temer assumiu o cargo, implementando uma série de medidas que prejudicaram os trabalhadores e a camada mais pobre da população.


Do golpe de 2016 até os dias de hoje, se passaram oito anos. A história demonstrou que o impeachment foi, na verdade, um golpe de Estado, fruto de uma conspiração criminosa, arquitetada pelos políticos que representam os setores mais arcaicos e conservadores do país. O objetivo era afastar Dilma Rousseff da presidência, atingir a democracia brasileira e abrir caminho para as privatizações, principalmente da Petrobrás; e das reformas, trabalhista e da previdência, retirando direitos e precarizando os serviços e órgãos públicos.


Ainda em 2016, a presidenta foi inocentada por uma perícia do Senado. O laudo técnico mostrou que, "pela análise dos dados, dos documentos e das informações relativos ao Plano Safra, não foi identificado ato comissivo da Exma. Sra. Presidente da República que tenha contribuído direta ou imediatamente para que ocorressem os atrasos nos pagamentos", referente ao caso das supostas "pedaladas fiscais". O Ministério Público Federal arquivou o caso em fevereiro 2022, por falta de provas. Atualmente, Dilma é presidenta do BRICS - Novo Banco de Desenvolvimento (NBD). Foi no seu governo que o Brasil saiu oficialmente do mapa da fome das Nações Unidas.



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