
Durante o "Fórum Café" desta segunda-feira (2-5), o desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), responsável pela concessão do Habeas Corpus que daria a liberdade a Lula, no dia 8 de julho de 2018, afirmou ter sido perseguido em função da sua decisão.
Na entrevista ao programa de TV da Revista Fórum, o desembargador revelou ter sido vítima de uma campanha de intimidação por meio das redes sociais, com ameaças de todos os tipos, inclusive com a divulgação do número de seu celular em grupos defensores da operação lava jato. Favreto também relatou ter sofrido ações por parte de alguns setores do Ministério Público.
“A perseguição a mim tinha como objetivo minha exoneração e continha um recado claro, ‘ninguém atravessa este rio, que tem um fluxo único [a Operação Lava Jato e a campanha contra o PT e Lula]. E quem quiser atravessar vai pagar caro’. Quiseram me cancelar, como se diz hoje”. O desembargador gaúcho lembrou do episódio de 2018: “Eu fui o lambari que quis atravessar a correnteza, o fluxo do rio da imprensa conservadora e do sistema judicial e, como disse uma jornalista na ocasião, mostrei naquele dia que havia outras luzes e visões no Judiciário”.