DEBOCHE DE EDUARDO BOLSONARO À TORTURA SOFRIDA POR MIRIAN LEITÃO NA DITADURA É COISA DE MILICIANO
- Alexandre Costa
- 4 de abr. de 2022
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"Ainda com pena da cobra", postou no twitter o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente do Brasil, no domingo (3/4), referindo-se às torturas que a jornalista Miriam Leitão, colunista do Globo, sofreu durante a ditadura militar. O deboche do deputado é uma resposta à comparação que a jornalista fez sobre Lula e Jair Bolsonaro, na qual afirma que os dois não são iguais, pois Bolsonaro é inimigo confesso da democracia. A reação do filho do presidente à critica de Miriam Leitão é próprio de um miliciano e expressa o que de pior existe no atual cenário da política brasileira.

Em 2014, Miriam Leitão relatou ter sido vítima de tortura durante a ditadura militarem. "Dois dias depois de ser presa e levada para o quartel do Exército em Vila Velha, cidade próxima a capital Vitória, no Espírito Santo, a jornalista que na época era militante do PCdoB, foi retirada da cela e escoltada para o pátio. Seu suplício, iniciado no dia 4 de dezembro de 1972, até ali já incluía tapas, chutes, golpes que abriram a sua cabeça, o constrangimento de ficar nua na frente de 10 soldados e três agentes da repressão e horas intermináveis trancada na sala escura com uma jiboia. A caminho do pátio escuro, os torturadores avisaram que seria último passeio, como se a presa estivesse seguindo para o fuzilamento", relatou em reportagem do Globo.