Em meio à pandemia do Coronavírus, os brasileiros têm se manifestado das janelas das suas casas e apartamentos e pedem a saída imediata do presidente Jair Bolsonaro. Na noite de sexta-feira (20/3), o presidente voltou a minimizar uma das principais medidas de contenção do coronavírus, que é evitar aglomerações. Durante entrevista ao Programa do Ratinho, no SBT, o presidente criticou governadores que estão suspendendo cultos e missas como forma de combate ao avanço do vírus. “Vejo no Brasil, para dar satisfação para eleitorado, governadores e até prefeitos que tomam providências absurdas, fechando shoppings e até igrejas, o último refúgio das pessoas. O pastor, o padre tem consciência das pessoas. Não pode o prefeito ou o governador dizer que não vai mais ter culto, missa”, disse. Bolsonaro estava fazendo uma referência indireta a um de seus maiores rivais políticos, João Doria, governador de São Paulo, que anunciou na quinta-feira (19/3), o fechamento de igrejas e templos religiosos pelos próximos 60 dias. Não bastasse isso, Bolsonaro tem defendido que limitar a circulação de pessoas e fechar locais vai atingir em cheio a economia e as pessoas que vivem na informalidade. Diz que, enquanto chefe de estado, tem obrigação de passar um tom de tranquilidade e evitar o pânico. “Vão morrer alguns com o vírus. Sim, vai acontecer. Lamento. Agora, não podemos criar esse clima todo que está ai. Prejudica a economia, a pessoa que vive na informalidade. (...) Vamos passar por isso. Você vai se molhar. Mas se entrar em parafuso, você vai morrer afogado debaixo da chuva”, afirmou. A cada dia, o presidente perde o apoio de aliados políticos e sua popularidade despenca de tal forma que sua permanência no governo parece insustentável.
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