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CRÔNICA DE DOMINGO A DOMINGO - O QUE FOI NOTÍCIA AQUI, DE 23 A 30 DE AGOSTO

Foto do escritor: Alexandre CostaAlexandre Costa

Abrimos esta edição da Crônica de DOMINGO A DOMINGO com uma frase do escritor e poeta Caio Fernando Abreu.

"Para prevenir surpresas, tenho deixado sempre abertas todas as janelas e todas as portas".

O Brasil começa a semana tendo ultrapassado a marca de 120 mil mortes por covid-19. Apesar da pequena queda da média do número de mortos no país, neste domingo (30/8) uma verdadeira multidão invadiu as praias, principalmente no Rio e no litoral paulista.


Na semana passada (23/8), o www.esquinademocratica.com deu início à Crônica de DOMINGO A DOMINGO, que reúne as principais notícias publicadas no site. O caso da menina de apenas dez anos, moradora de uma cidade do Espírito Santo, que estava grávida de cinco meses e era estuprada pelo tio desde os 6 anos, chocou o Brasil. A interrupção da gestação gerou polêmica e mexeu com a sociedade. Além de revelar a face vulnerável e frágil da infância no país, publicamos alguns dados alarmantes sobre estupros e gravidez em crianças e pré-adolescentes com idade entre dez e 15 anos. As informações nos mostram uma realidade cruel, cada vez mais banalizada e que se mistura à própria miséria de uma nação (leia aqui). No sábado (29/8), noticiamos um outro caso, também em uma cidade do Espírito Santo, desta vez sobre a gravidez de uma menina de 11 anos, vítima de estupro. O namorado da avó e o padrasto da menina são suspeitos do crime (leia aqui).


No domingo passado, durante visita do presidente à Catedral de Brasília, Jair Bolsonaro ameaçou um repórter do jornal O Globo, em função da pergunta que fez sobre os depósitos de Fabrício Queiroz na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro. A ameaça ao jornalista gerou uma reação gigantesca via twitter. À noite, mais de um milhão de usuários postaram a mesma pergunta: "por que sua esposa Michelle recebeu R$ 89 mil de Fabrício Queiroz?", (leia aqui). Durante a semana, Bolsonaro fez novo ataque, desta vez, atingindo toda a categoria. "Aquela história de atleta né, que o pessoal da imprensa vai para o deboche, mas quando pega num bundão de vocês a chance de sobreviver é bem menor", disparou o presidente. As declarações de Bolsonaro motivaram a publicação de uma outra matéria, onde apresentamos o longo histórico das agressões por meio das polêmicas declarações do atual presidente. Também mencionamos iniciativas do Brasil pela Democracia e pela Vida, movimento que reúne mais de 70 entidades de todo país e que tem realizado ações para alertar a população sobre as constantes violações de direitos e sobre o descaso do governo Bolsonaro em relação ao número de mortes causados pela pandemia de coronavírus (leia aqui).


Duas decisões da Justiça agitaram os bastidores da magistratura e da política brasileira. Na quarta-feira (26/8), a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), derrubou as sentenças do ex-juiz Sergio Moro contra o ex-tesoureiro do PT Paulo Adalberto Alves Ferreira e contra o presidente da empreiteira Construcap, Roberto Ribeiro Capobianco. Moro havia condenado os réus por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa. absolveu. Em decisão por unanimidade, o desembargador João Pedro Gebran Neto, relator dos recursos apresentados pelos advogados de defesa, além dos também desembargadores Thompson Flores e Leandro Paulsen, decidiram absolver os réus em processos por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Ferreira havia sido sentenciado a 9 anos e 10 meses de reclusão em regime fechado e Capobianco, a 12 anos de prisão. Foi a segunda derrota de Moro nesta semana. No dia anterior, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) anulou a sentença que condenou o doleiro Paulo Roberto Krug por fraude no antigo Banco do Estado do Paraná (Banestado). A decisão do TRF aumenta as expectativas sobre a aguardada decisão da Segunda Turma do STF sobre a suspeição de Sergio Moro. O colegiado vai avaliar sua atuação como juiz dos processos no âmbito da Lava Jato, que condenaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O julgamento deve ocorrer até o final do ano (leia aqui).


Na quarta-feira (26/8), acompanhamos a manifestação e registramos em vídeo (aqui) o protesto de estudantes, professores e técnicos administrativos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) contra a indicação do professor Carlos André Bulhões Mendes para ocupar o cargo de reitor, desrespeitando o resultado das eleições realizadas em julho pela instituição. A indicação de Bulhões, que ficou em terceiro colocado na consulta interna, vem sendo trabalhada por apoiadores do presidente. O atual reitor Rui Oppermann venceu a disputa. No entanto, o nome de Bulhões foi anunciado recentemente pelo deputado federal Bibo Nunes (PSL), que vem defendendo publicamente a nomeação do professor junto ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Carlos André Bulhões Mendes também é ligado ao vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB). De acordo com a legislação, a indicação para o cargo de reitor é uma prerrogativa do presidente da República. Porém, já é uma tradição no país manter a decisão dos processos internos das universidades e a indicação dos respectivos reitores (leia aqui).


Na sexta-feira (28/8), transmitimos o debate sobre renda básica e políticas públicas, promovido pelo Comitê em Defesa da Democracia e do Estado Democrático de Direito e pelo Instituto Justiça Fiscal, com apoio do Jornal Brasil de Fato - RS e da Rede Soberania. O evento contou com a participação de Eduardo Suplicy, Tereza Campello e Adriana Queiroz , tendo Paulo Timm e Volnei Piccolotto como mediadores (veja aqui).

No domingo à noite (30/8), publicamos a matéria QUATRO ANOS DEPOIS DO GOLPE TRAVESTIDO DE IMPEACHMENT, O BRASIL QUE DERRUBOU DILMA ROUSSEFF AGONIZA . Nesta segunda-feira, dia 31 de agosto, faz quatro anos que Dilma Rousseff foi deposta da Presidência da República por um golpe travestido de impeachment. Dilma foi julgada e afastada sem que pesasse sobre ela qualquer suspeita de enriquecimento ilícito ou de corrupção. Acusada de praticar manobras contábeis, procedimento rotineiro nas administrações de vários presidentes que a precederam, a ex-presidenta foi vítima de um complexo e fraudulento processo parlamentar jurídico e midiático que entrou para a história do Brasil como a mais vergonhosa e degradante farsa da República. Depois de Dilma, o país foi governado pelo seu vice, Michel Temer. Com Jair Bolsonarona na presidência, o Brasil é um país à deriva, que flerta com o fascismo, viola direitos e ameaça a sua própria Constituição. Quatro anos após o golpe, a democracia brasileira agoniza e se debate em praça pública, tentando sobreviver aos ataques contínuos à soberania popular, ao sistema de Justiça e ao desmantelamento do estado. Os retrocessos são evidentes e estão por todos os lados, nas estatísticas, nos percentuais, em indicadores sociais e econômicos e, principalmente, nos recursos e investimentos que incidem na qualidade de vida da população e no desenvolvimento do país. Diante da pandemia do coronavírus, o governo Bolsonaro mergulha em uma crise econômica sem precedentes na história do país. Para compreender o golpe contra a democracia brasileira, o www.esquinademocratica.com traz à memória fatos importantes da política nacional e que motivaram a farsa do impeachment.

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