“Juro por Apolo Médico, por Esculápio por Higía por Panaceia e por todos os Deuses e Deusas que acato este juramento e que o procurarei cumprir com todas as minhas forças físicas e intelectual. Não permitirei que considerações sobre idade, doença ou deficiência, crença religiosa, origem étnica, sexo, nacionalidade, filiação política, raça, orientação sexual, estatuto social ou qualquer outro fator se interponham entre o meu dever e o meu paciente;…” – Hipócrates
O reconhecimento do respeito ao ser humano e a entrega para salvar vidas fizeram dos Médicos Cubanos uma referência internacional de solidariedade.
A primeira missão médica humanitária, em 1963, foi na Argélia. Cuba, em nome da defesa da humanidade, comprometeu-se a cuidar das populações pobres do planeta. Nascia a solidariedade internacionalista. As missões humanitárias cubanas se estenderam pelos quatro continentes e apresentam um caráter único.
Em 31 de maio de 1970, Peru, país à margem do pacifico no continente sul americano, foi atingido por um terremoto de 7.9 na escala Richter deixando mais de 80 mil mortos e milhares de famílias desabrigadas. Mais de 100 mil cidadãos cubanos doaram sangue, e uma das primeiras brigadas entre médicos e agentes sanitaristas aportaram em Ancash. Vale ressaltar que o Peru não tinha relações diplomáticas com a República de Cuba.
Durante as décadas que se seguiram, Cuba enviou gratuitamente brigadas médicas a diversos países atingidos por catástrofes naturais: em Pisco (Peru), em 2007, os médicos cubanos, solidários com as vítimas do terremoto, realizaram 228 mil consultas e 2 mil cirurgias complexas; no Haiti, a participação e a dedicação dos médicos cubanos, durante a crise da cólera, deixou o mundo envergonhado por não ter prestado tal solidariedade; na África, foram heróis no combate ao Ebola e, na América Latina e Caribe, curaram milhares da cegueira.
As brigadas estão presentes em mais de 60 países. O Contingente Internacional de Médicos Especializados em Desastres e Grandes Epidemias atua em 24 países da América Latina e Caribe; em 27 países da África incluindo a República do Togo; Argélia e África do Sul; em dois, do Oriente médio; em sete, da Ásia, incluindo Indonésia, Catar, Kuwait, China e Arábia Saudita. Em 2005, nasce o Contingente Henry Reeve, assim nomeado em homenagem a um jovem americano, saído do Brooklyn, nos Estados Unidos, aos dezenoves anos, para ingressar na causa emancipatória cubana e se tornar um general de brigada do Exército de Libertação. O Contingente recebeu este nome pelo Comandante Fidel Castro em 19 de setembro de 2005.
No Brasil, na década de 1990, a cidade de Niterói deu início ao Programa Médico da Família aos moldes do “Programa Médico de Família” de Cuba. Esse Programa funciona há 28 anos nas comunidades carentes com grande êxito e é uma história fabulosa de atendimento domiciliar e hospitalar.
O Programa Mais Médicos (Medida Provisória 621 publicada no DO, em 08/07/2013 e regulamentada no mesmo ano pela Lei 12.871) aprovado após amplo debate público junto à sociedade endossada pelo Congresso Nacional permitiu que médicos cubanos trabalhassem em lugares de pobreza extrema, de alto risco de vida em lugares como favelas do Rio de Janeiro, de São Paulo, da Bahia, de Minas Gerais, dando ênfase a 34 reservas indígenas, sobretudo na Amazônia.
Programa Mais Médicos no Brasil, entre agosto de 2013 e novembro de 2018, 113.359.000 pacientes foram atendidos em mais de 3.600 municípios e forneceram cobertura permanente a 60 milhões de brasileiros.
Esse programa foi amplamente reconhecido pelos governos Federal, Estadual, Municipal e, principalmente, pela população. Segundo estudo realizado pelo Ministério da Saúde do Brasil junto à Universidade Federal de Minas Gerais, o grau de aceitação dos médicos cubanos atinge a 95 por cento entre a população.
Na luta contra o COVID 19, os médicos cubanos não hesitaram a se juntar aos médicos chineses. Em 22 de marco de 2020, aportaram na Lombardia, Itália desempenhando uma assistência fundamental.
Diante da grandeza e solidariedade dos médicos cubanos, que estão salvando vidas como objetivo principal, é que pedimos seu apoio ao Prêmio Nobel da Paz de 2021 ao Contingente Henry Reeve de brigadas médicas cubanas.
Rio de Janeiro, 21 de junho de 2020 Marilia Guimarães REDH-BRASIL
PRÊMIO NOBEL DA PAZ ÀS BRIGADAS MÉDICAS CUBANAS
A Brigada Médica Cubana HENRY REEVE surgiu em 2005, quando o Presidente de Cuba, Fidel Castro, enviou à Angola, no continente africano, um contigente de profissionais de saúde em missão humanitária e Solidária. Fidel Castro deu o nome de HENRY REEVE, em homenagem ao cidadão estadunidense Henry Revee que morreu lutando, na guerra dos dez anos(1868-1878), pela libertação de Cuba do domínio espanhol.
Esta brigada é formada por médicos especializados no combate aos mais diversos desastres naturais e também no enfrentamento direto às múltiplas enfermidades e doenças que assolam a humanidade;
Vemos sua participação efetiva em situações como enchentes, ciclones, tufões, vulcões e também na luta para erradicar o ebola, a gripe asiática e atualmente o vírus covid-19;
Sua atuação é baseada no sentido de que todos somos irmãos e merecemos tratamento humanitário e igual, sem distinção de cor, raça, credo religioso ou opção política, e tem como princípios norteadores dois pilares essenciais: nós devemos ser um farol à iluminar a vida de todos os seres humanos e temos o dever de sermos Solidários com a humanidade;
A Brigada Médica Cubana HENRY REEVE é um Exemplo pra todos os Povos do Mundo!