As ações coletivas e individuais têm ajudado milhares de pessoas diante dos impactos econômicos causados pela pandemia de coronavírus no Brasil. O isolamento social é, sem dúvida, a medida mais eficiente para evitar a propagação do vírus,como preconiza a Organização Mundial de Saúde (OMS). No entanto, uma triste e silenciosa realidade atingiu as populações mais pobres do país. Em tempos de pandemia, o desemprego cresce a cada dia e as desigualdades sociais tornam-se ainda mais evidentes. Diariamente, a fome bate na porta de milhões de brasileiros, pessoas abandonadas pelo poder público e invisíveis para a sociedade.
Para reagir a essa amarga realidade, diversas lideranças ligadas a movimentos sociais, entidades, coletivos e Ongs deram início, no início de abril, ao Comitê Popular em Defesa do Povo e Contra o Coronavírus, que reúne 130 organizações da sociedade civil e movimentos sociais. Esta semana, o esforço e a solidariedade dos integrantes do Comitê foi traduzido em números. O grupo atingiu a marca de 5 mil cestas básicas arrecadadas e doadas a famílias de Porto Alegre, em situação de vulnerabilidade. No total, foram distribuídas 75 mil toneladas de alimentos e de material de limpeza para pessoas que não estão recebendo nenhum tipo de auxílio dos governos estadual e municipal.
O Comitê Popular em Defesa do Povo e Contra o Coronavírus defende a garantia de emprego e da renda básica, a quarentena para enfrentamento do vírus, a revogação da Emenda Constitucional 95 (teto de gastos públicos), a defesa do SUS, taxação das grandes empresas e grandes fortunas e defesa incondicional do serviço público.
O Comitê Popular é um movimento social que trabalha com ações gerais em defesa da vida, pela garantia de emprego e da renda básica e pelo direito à quarentena para os trabalhadores. Através da campanha Quem Tem Fome Tem Pressa, a organização arrecada doações em dinheiro para a compra de alimentos. Doe através das informações disponibilizadas no Instagram oficial.
