BRASIL REGISTRA RECORDE DE MORTES POR COVID-19 E 2.286 PESSOAS PERDERAM A VIDA EM UM ÚNICO
- Alexandre Costa

- 10 de mar. de 2021
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O Brasil registrou mais um recorde de mortes por covid-19 em um período de 24 horas e pela primeira vez tem mais de duas mil mortes em um único dia. De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (10/3) pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde, 2.286 pessoas perderam a vida no país em decorrência do coronavírus, que já soma 270.656 óbitos desde o inicio da pandemia no Brasil. O recorde anterior foi na terça-feira (9/3), com 1.972 mortes. Também foram contabilizados 79.876 novos casos da doença, elevando 11.202.305 o número total de infectados no país.
SITUAÇÃO DRAMÁTICA NO RS A situação no Rio Grande do Sul é dramática. Além do número de mortes e de novos casos de covid-19, o sistema de saúde entrou em colapso, com as Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) funcionando com lotação de pacientes muito acima da capacidade e com profissionais da área da saúde extenuados. O momento nos hospitais e nas unidades de pronto atendimento é extremamente grave. Nesta quarta-feira foram registrados 251 mortes no estado, elevando para 14.087 o número de óbitos em decorrência da covid-19 no Rio Grande do Sul. De acordo com o boletim da Secretaria Estadual da Saúde (SES), a taxa de mortalidade está em 123,8 a cada 100 mil habitantes, com a letalidade em 2%. As mortes registradas hoje (10/3) ocorreram entre os dias 11 de janeiro e 4 de fevereiro.
O estado também registra 713.614 infectados pelo novo coronavírus desde o início da pandemia, com a confirmação de 10.457 novos casos. Dos infectados até o momento, 658.865 (92%) são considerados recuperados e 40.600 (6%) estão em acompanhamento. De acordo com o coordenador da Epicovid-19, maior estudo epidemiológico sobre coronavírus no Brasil, o epidemiologista Pedro Hallal, a covid-19 é uma doença cujo crescimento às vezes se dá numa progressão aritmética e quando chega o momento da progressão geométrica, ela explode, que é o que está acontecendo no RS. “Se a gente não acelerar a vacinação e não reduzir a circulação do vírus, a situação pode piorar muito. Temos que lembrar que Epicovid mostrou que 10% da população gaúcha já teve contato com esse vírus, ou seja, 90% ainda está suscetível. Então se nada for feito a situação pode se agravar ainda mais”, advertiu.
UTIS LOTADAS NO RS
Até as 18h desta quarta-feira, a ocupação das UTIs em todo estado estava em 105,5%, sendo 3.241 pacientes em 3.072 leitos de UTI. Dos internados, 2.333 (72%) têm diagnóstico positivo para a doença e mais 153 (4,7%) estão sob suspeita. Enquanto na rede privada se mantém a superlotação, com 123,9% de ocupação, os leitos do Sistema Único de Saúde seguem perto do limite de vagas. Neste quarta-feira, o índice chegou a 98,3% em todo o estado. Dos 2.211 leitos em operação, 2.174 estão ocupados. Porto Alegre segue com superlotação das UTIs, registrando ocupação de 111,61%, superando a marca do dia anterior.
Ao menos sete hospitais estão atendendo além da sua capacidade, seis estão em lotação máxima, quatro trabalhando acima de 90% e apenas um com registro abaixo de 80%. Dos 1.096 pacientes em cuidados intensivos na Capital, 764 têm covid-19 confirmada, novo recorde de internados desde o início da pandemia. Além disso, 43 tem suspeita da doença e 198 positivados aguardam na emergência por leitos.








