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Foto do escritorAlexandre Costa

BRASIL ESTÁ DE LUTO PELA MORTE DE GAL COSTA


O Brasil está de luto pela morte Gal Costa, aos 77 anos, na manhã desta quarta-feira (9/11). A notícia abalou o meio artístico pela perda inesperada da cantora, considerada uma das maiores vozes da MPB. De acordo com sua assessoria, Gal se recuperava da retirada de um nódulo na fossa nasal direita, em setembro, e por recomendações médicas estava afastada dos palcos até o final de novembro.


Sua última apresentação foi no festival de música em São Paulo, o Coala, pouco antes da cirurgia. O seu retorno aos shows já estava marcado para dezembro e janeiro, com a turnê As Várias Pontas de uma Estrela, no qual revisitava grandes sucessos da MPB dos anos 80. A artista chegou a se apresentar em Porto Alegre, no ano passado. Este novo show, lançado após o período da pandemia, em outubro do ano passado, foi muito bem recebido pelo público e pela crítica. Com a agenda lotada, Gal passou a rodar o Brasil com o novo espetáculo, além de participar de vários festivais. Em novembro, a cantora pretendia fazer uma turnê pela Europa.


Maria da Graça Costa Penna Burgos nasceu em 26 de setembro de 1945 em Salvador e foi a voz de clássicos da MPB como "Baby", "Meu nome é Gal", "Chuva de Prata", "Meu bem, meu mal", "Pérola Negra" e "Barato total". Foram 57 anos de carreira iniciada em 1965 quando a cantora apresentou músicas inéditas de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Ela ainda era Maria da Graça quando lançou "Eu vim da Bahia", samba de Gil sobre a origem da cantora e do compositor.


Três anos depois, veio outro clássico: "Baby", de Caetano Veloso. A canção foi feita para Maria Bethânia, mas Gal a lançou em disco e a projetou no álbum-manifesto da Tropicália. "Divino maravilhoso" (de Gil e Caetano) foi outra da fase tropicalista. Ao longo dos anos 60 e 70, ela seguiu misturando estilos. Dedicou-se ao suingue de Jorge Ben Jor com "Que pena (Ela já não gosta mais de mim)" e foi pelo rock com "Cinema Olympia", mais uma de Caetano. "Meu nome é Gal", de Roberto e Erasmo Carlos, serviu como carta de apresentação unindo Jovem Guarda e Tropicália.

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