Alinhado ao Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.), o governo Jair Bolsonaro se absteve de votar uma resolução contra a Rússia, proposta pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O objetivo, de acordo com o jornalista Jamil Chade, do UOL, é criar condições para uma desescalada da tensão, e não encurralar Moscou”.
A resolução foi aprovada, tendo 33 votos favoráveis, 24 abstenções e apenas um voto contrário, o da própria Rússia. Desde o início da guerra, que na sexta-feira (18/3) completará 23 dias, esta foi a primeira vez que o Itamaraty assumiu um posicionamento diferente ao proposto pela ONU, que tem sido de condenação da invasão à Rússia.
O texto, no qual o Brasil se absteve, faz referência aos ataques russos que causaram a destruição de diversas escolas e estabelecimentos de ensino, como a Universidade Nacional Karazin em Kharkiv. O documento também exige "o fim imediato da ofensiva contra a Ucrânia para garantir a proteção contra novos danos e prejuízos ao patrimônio cultural ucraniano natural, construído e móvel em todas as suas formas".
Ao que tudo indica, o Brasil está reavaliando a situação econômica provocada pela guerra, principalmente em função das consequências das sanções e dos embargos à Rússia. Além de não contribuir para o cessar-fogo, a estratégia dos EUA e da Europa, de promover um cerco diplomático contra a Rússia, tende a causar ainda mais prejuízos para o Brasil.