À medida que o Brasil se aproxima da marca dos 100 mil mortos pelo coronavírus, centrais sindicais e movimentos sociais vem intensificando as manifestações e os protestos contra o governo do presidente Jair Bolsonaro. Nesta sexta-feira (7/8), foram realizados protestos em todo país, dentro das atividades do Dia de Luta e de Luto. Além de denunciar a omissão e a negligência do governo federal frente à pandemia, as manifestações apontaram críticas em relação à falta de iniciativas na área da saúde e em relação à economia. Os manifestantes afirmam que as altas taxas de desemprego e o crescimento da desigualdade social no país se devem, em grande parte, ao descaso do governo em relação aos trabalhadores e aos mais necessitados.
FOTO: CUT-RS
BRASIL RUMO AOS 100 MIL MORTOS
O Brasil é o segundo país do mundo em número de mortes em função do covid-19, com quase 100 mil óbitos registrados e quase 3 milhões de infectados. O consórcio de veículos de imprensa divulgou os dados obtidos junto às secretarias estaduais de Saúde nesta sexta-feira (7/8). Nas últimas 24 horas foram registradas 1.058 mortes pela Covid-19, elevando para 99.702 o número total de óbitos no país. O número de pessoas infectadas no país, desde o início da pandemia, já soma 2.967.064 pessoas, sendo 49.502 dos casos registrados nas últimas 24 horas.
PROTESTOS E CRISE ECONÔMICA A pandemia aprofundou a crise econômica e o país já soma 12,4 milhões de trabalhadores desempregados.Não podemos ver 100 mil mortos como um número frio, mas como uma tragédia. E para isso é preciso que a população manifeste sua insatisfação com este governo, afirma Sérgio Nobre, presidente da CUT, se referindo ao número de vidas perdidas para a Covid-19. “Nós alertamos no início da pandemia, em março, que se o governo federal não abraçasse a e coordenasse uma politica e um processo de isolamento social para que pudéssemos sair rapidamente dessa crise, preservando vidas e empregos, o país vivenciaria uma enorme tragédia”, argumentou o sindicalista.
GAÚCHOS PEDEM FORA BOLSONARO
No Rio Grande do Sul, a principal manifestação foi realizada em Porto Alegre, no Largo Glênio Peres, localizado no centro da capital. Também foram realizados protestos e pedidos de "Fora Bolsonaro" em Rio Grande, Caxias do Sul, São Leopoldo, Erechim, entre outras.
PANDEMIA NO RS De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (SES), o Rio Grande do Sul registrou 51 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas, elevando para 2.282 o número de óbitos devido ao coronavírus. O número de mortes registrados no estado nesta sexta-feira chamou a atenção da imprensa, por ser bem menor aos de dias anteriores. De acordo com a SES, a redução se deve ao fato dos dados terem sido gerados por um outro sistema de registro, em função de uma instabilidade na exportação de casos do sistema do Ministério da Saúde.