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BOLSONARISTAS DE PORTO ALEGRE VIRAM PIADA, APÓS COMEMORAREM FALSA PRISÃO DE ALEXANDRE DE MORAES


Seria cômico, não fosse trágico. O dito popular bem que poderia ser aplicado aos apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas no domingo (30/10), que protagonizaram cenas cômicas nesta terça-feira (1/11), durante uma manifestação no centro de Porto Alegre. Descontentes com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, um grupo de bolsonaristas comemorou a falsa prisão do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A cena foi gravada em vídeo e, tão logo caiu nas redes sociais, se transformou em motivo de piada.

CONFIRA O VÍDEO

Os apoiadores do presidente e candidato derrotado contestam os resultados das urnas com base em fake news, que se multiplicam pelas redes sociais. Uma das tantas mensagens deturpadas ou interpretadas de forma equivocada diz respeito ao artigo 142, que é utilizado como argumento para defender uma “intervenção militar”. Baseadas em teorias da conspiração, bolsonaristas compartilham à exaustão informações estapafúrdias, apontando caminhos que levam a fraude eleitoral.


O artigo 142 diz que as Forças Armadas estão “sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”. O Supremo Tribunal Federal (STF) já julgou, em diferentes casos, que o artigo não permite a atuação das Forças Armadas como uma espécie de “poder moderador” para restaurar a ordem.


Durante reunião ministerial em 2020 cuja gravação foi divulgada após autorização do STF, o próprio Bolsonaro fez a interpretação equivocada do artigo 142. Nas redes, desde a noite passada, alguns de seus apoiadores seguem a leitura incorreta e a usam para incitar atos extremistas. “O presidente Bolsonaro não pode pedir à população para irem às ruas, isso deve ocorrer naturalmente! Para dar artigo 142 precisa de 72 horas de manifestações públicas sem que haja excitação (incitação) do presidente!”, diz uma publicação no Facebook visualizada cerca de seis mil vezes nesta terça-feira.


No Twitter, outro apoiador alegou que o "prazo de 72 horas" serviria para que, em meio a uma “revolta popular” contra o resultado da eleição, Bolsonaro invocasse “o artigo em que desconstitui” o Congresso e o STF. O autor da mensagem tem quase 80 mil seguidores e seu post foi compartilhado mais de 100 vezes. A tese falsa das “72 horas” e de uma intervenção por ordem de Bolsonaro foi repetida nas manifestações que fecharam rodovias pelo país. Nos últimos sete dias, as buscas pelos termos "72 horas" e "artigo 142", assim como buscas que combinam as duas expressões, atingiram seus respectivos picos entre o fim da noite de ontem e a manhã de hoje, mostra o Google Trends. Este pico representa o mais alto interesse de pesquisa relativo a estes termos no período selecionado.


Até o momento, não há qualquer indício de irregularidade nas eleições de 2022, e nunca houve fraude eleitoral comprovada desde que as urnas eletrônicas passaram a ser utilizadas, em 1996. As Forças Armadas fazem parte do rol de instituições que podem fiscalizar as eleições brasileiras. No dia 18, cobrado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a enviar os resultados da checagem, o Ministério da Defesa disse que não fez auditoria das urnas, mas apenas uma “fiscalização” do sistema de votação.

 
 
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