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BIG TECHS TRANSFORMARAM REDES SOCIAIS EM TERRA SEM LEI E EM TERRENO FÉRTIL PARA AS FAKE NEWS


O Brasil parece ter acordado para o tema das novas tecnologias digitais. As discussões e debates sobre o Projeto de Lei nº 2630/2020, conhecido como “PL das Fake News”, serão determinantes para modificar o regime de regulação e responsabilidade das chamadas big techs. Além de controlar a publicidade e os conteúdos das redes sociais, as grandes corporações de tecnologia dominam também a gestão de dados e informações estratégicas de quase todo o planeta.


A sociedade precisa perceber que a tecnologia não é neutra, muito antes pelo contrário. O seleto e restrito grupo das big techs está a serviço do capital financeiro. Para quem não sabe, esta congregação é composta pelo Google, Apple, Amazon, Microsoft, Twitter, YouTube, entre outras, bem como a poderosa Meta, proprietária do WhatsApp, Instagram e Facebook.


Apesar de ocultarem o domínio que exercem a partir das novas tecnologias, as big techs representam uma ameaça à soberania dos países mais pobres, tornando-os dependentes destes aparatos cibernéticos que controlam e manipulam o mercado e o sistema financeiro.


As novas tecnológicas são frutos da Revolução Microeletrônica e da produção de circuitos integrados cada vez menores e mais rápidos, como os chips. Não há dúvidas de que as inovações tecnológicas transformaram positivamente o mundo. No entanto, é ingenuidade não perceber que estas mudanças ampliaram também as formas de dominação das nações mais ricas e desenvolvidas sobre os países mais pobres. A maior parte das pessoas utilizam as inovações sem saber os reais objetivos, as consequências e os impactos causados por elas entre as nações e o mercado global.


As big techs assumem papel imprescindível no capitalismo contemporâneo, na ideologia baseada no individualismo, no discurso da neutralidade e da negação da política e na valorização do empreendedorismo. E desta "evolução" que nasce a terceirização de processos produtivos, a fragmentação da classe trabalhadora, a flexibilização do trabalho e a redução de direitos. O capital acaba conquistando ainda mais poder com a implantação de indústrias e fábricas em diversos países e que são administradas de forma simultânea, ao invés dos complexos industriais gigantescos, instalado em um local específico. As novas tecnologias estão cada vez mais associada às transformações dos modelos de produção, tornando-os ainda mais lucrativos. Este novo formato permite administrar processos produtivos por meio da informatização e da padronização.


É cada vez mais evidente que as discussões em torno do PL das fake news não podem ser tratadas apenas como uma necessidade urgente de regular a publicidade e o conteúdo das redes sociais no Brasil. Em âmbito global se percebe a construção de um movimento que reivindica a proteção, por meio de regramentos que resguardem os direitos e responsabilizem quaisquer violações.


Neste contexto, é preciso parabenizar a Associação de Jornalismo Digital (Ajor) pela organização do Festival 3i, que reuniu mais de 60 especialistas nacionais e internacionais para debater temas atuais como a regulação das big techs, os impactos da inteligência artificial no debate público, novas formas de financiar o jornalismo e a potência do jornalismo digital brasileiro e latino-americano.


 
 
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