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Foto do escritorAlexandre Costa

ASSASSINATO DE ESCRITOR DOMINICANO PODE ESTAR RELACIONADO À MILÍCIA E À MORTE DE MARIELLLE FRANCO

O assassinato do escritor e capoeirista dominicano Leuvis Manuel Olivero, 38 anos, é mais uma demonstração de como agem as milícias que comandam o crime, não somente no Rio de Janeiro, mas também em diversos pontos do Brasil, acobertadas por políticos e agentes de segurança do estado. Autor de um livro sobre Marielle Franco, Olivero foi morto no dia 10 de outubro, após atingido por disparos vindos de um carro em movimento, quando caminhava na rua, no bairro da Tijuca, Zona Norte do Rio.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando o caso. O tiros acertaram cabeça e abdômen do escritor, que morreu antes dos bombeiros chegarem ao local. Leuvis Manuel Olivero nasceu na República Dominicana, tinha cidadania estadunidense e vivia há 10 anos no Brasil, onde deixou um filho. O escritor publicou 11 livros, incluindo um sobre a vereadora Marielle Franco, em que relaciona a morte da ex-vereadora com a atuação da milícia; e outro com críticas ao governo de Jair Bolsonaro.


A Polícia Militar confirmou a informação de que um homem disparou contra Olivero de dentro de um carro, na rua Gonzaga Bastos. No domingo (17), amigos organizaram um protesto e exigiram celeridade nas investigações. Familiares e amigos do escritor fizeram uma vaquinha na internet, com objetivo de arrecadar dinheiro para que o sepultamento dele seja realizado nos Estados Unidos. O objetivo da vaquinha era conseguir reunir 15 mil dólares. “Você nunca sabe aonde sua criatividade o levará… Leuvis Olivero, de Lawrence, Massachusetts, viveu uma vida de aventuras e sua sede por conhecimento, comunidade e arte o levou ao Brasil; onde abraçou a história do país, a política, a capoeira e principalmente a rua.”, diz o texto da vaquinha online.

Marielle Franco, de 38 anos, liderança de esquerda e quinta vereadora carioca mais votada em 2016, é executada dentro de seu carro. A emboscada também tira a vida do motorista Anderson Gomes, de 39 anos. Cinco anos depois, a pergunta que começou a ser feita ainda naquela noite continua a ecoar: quem mandou assassinar Marielle? E por quê?

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