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Foto do escritorAlexandre Costa

APÓS ATAQUE DE BOLSONARO, RANDOLFE REBATE: "EU QUERIA VACINA E VOCÊS QUERIAM PROPINA"

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, rebateu a postagem feita pelo presidente Jair Bolsonaro, nesta segunda- feira (19/7), acusando-o de defender a compra da vacina Covaxin sem licitação e sem a certificação da ANVISA. A postagem feita por Bolsonaro é acompanhada de um vídeo de Randolfe falando sobre a necessidade de compra de vacinas e defendendo que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acelere o processo de aprovação para garantir a vacina aos brasileiros.

“Olha quem queria comprar a Covaxin sem licitação e sem a certificação da Anvisa”, disse o presidente ao postar o vídeo. “Randolfe, Omar e Renildo Calheiros (irmão de Renan), via emendas, tudo fizeram para que governadores e prefeitos pudessem comprar as vacinas a qualquer preço, com o Presidente da República pagando a conta, obviamente. Com planos frustrados restou ao G-7 da CPI acusar ao Governo do que eles tentaram fazer”, acrescentou Bolsonaro.


Randolfe rebateu dizendo ser a favor da vacina “o mais rápido possível”, independentemente da origem do imunizante. "Coloquei emenda sim porque o SEU governo sempre foi CONTRA a vacina. Nosso trabalho é para garantir que TODOS tenham acesso às vacinas. Nosso objetivo é SALVAR VIDAS! Quem paga a conta não é você, Bolsonaro. É o POVO! A única conta de vocês é a propina". E acrescenta: “Queria a Janssen, a Covaxin, a AstraZeneca, a CoronaVac, a Pfizer… Nossa diferença é grande: eu queria vacina! Vocês queriam propina!”.


As irregularidades para a compra da Covaxin pelo governo Bolsonaro estão no foco das investigações da CPI da Covid. De acordo com o deputado Luis Miranda, que já depôs na CPI, houve pressão atípica para a liberação da importação dessa vacina sendo a compra feita por uma intermediária instalada em paraíso fiscal. A evolução das investigações está revelando que podem ter sido praticados atos de corrupção praticados por grupos de pressão instalados no Ministério da Saúde, ligados ao centrão e às Forças Armadas.


Na postagem, Bolsonaro diz ainda que Randolfe "negociou, no dia 5 de abril deste anos, até mesmo a quantidade de vacinas: 20 milhões" e que além de Randolfe, o senador Omar Aziz (PSD-AM) e o irmão de Renan Calheiros, Renildo Calheiros, queriam comprar a vacina Covaxin e para isso apresentaram emendas no parlamento.


"Randolfe, Omar e Renildo Calheiros (irmão de Renan), via emendas, tudo fizeram para que governadores e prefeitos pudessem comprar as vacinas a qualquer preço, com o Presidente da República pagando a conta, obviamente", escreveu. Além de Omar Aziz e do irmão de Renan Calheiros, Renildo Calheiros, mais sete parlamentares apresentaram emendas semelhantes para incluir a agência reguladora indiana no rol de instituições que poderiam ser tomadas como parâmetro para que a Anvisa autorizasse a importação de vacinas e outros itens essenciais no combate à pandemia de covid-19. Incluir a agência reguladora no rol das instituições não é autorizar ou negociar vacinas. "Com planos frustrados restou ao G-7 da CPI acusar ao Governo do que eles tentaram fazer", acrescentou Bolsonaro.


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