Ao vivo, compartilhando a transmissão pela Rede Soberania. O Diretório Central dos Estudantes (DCE) convocou os estudantes para uma manifestação em frente à reitoria, a partir das 13 horas. Especula-se que, durante a coletiva, Bulhões possa abrir mão da indicação de Bolsonaro, mantendo sua posição de que se não fosse eleito (ficou em terceiro lugar nas eleições) respeitaria o resultado do processo de consulta à comunidade acadêmica.

A chapa que venceu as eleições internas da Ufrgs foi encabeçada por Rui Vicente Oppermann e Jane Tutikian. Em nota, eles afirmam que a decisão de Bolsonaro ignora os avanços dos últimos anos, que mantêm a Ufrgs como a melhor entre todas as federais do Brasil, pelo oitavo ano consecutivo. A deputada federal Maria do Rosário (PT) ingressou com um Projeto de Decreto Legislativo para reverter a nomeação de Carlos Bulhões e sua vice, Patrícia Pranke. Apesar das manifestações contra a intervenção do presidente Bolsonaro e em defesa da democracia interna da instituição, dificilmente haverá mudança em relação à indicação do reitor. Desde que assumiu a presidência da República, Bolsonaro tem passado por cima das decisões internas nas instituições federais. Em pelo menos 14 casos, Bolsonaro nomeou reitores ou diretores de instituições federais de ensino que nem ao menos constavam em uma lista tríplice.