ALEXANDRE DE MORAES DETERMINA PRISÃO DE EX-PM QUE AMEAÇOU MATÁ-LO DURANTE ATO DO DIA 7 DE SETEMBRO

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes tem sido alvo de ameaças de apoiadores de Bolsoanro. Nesta segunda-feira (6/9), o ex-policial militar de Minas Gerais Cássio Rodrigues Costa Souza, utilizou o twitter para ameaçar o magistrado e sua família, durante as manifestações do Dia da Independência. “Terça-feira (7 de setembro) vamos te matar e matar toda a sua família, seu vagabundo”, escreveu o ex-PM. A publicação viralizou e a conta do ex-policial foi excluída definitivamente do Twitter por infringir as regras da plataforma. No entanto, a mensagem foi replicada em outros canais. “Seu vagabundo, advogadinho de merda do PCC. Sou policial militar e nós militares te eliminaremos”, escreveu o ex-policial militar.

O pedido foi feito por Lindôra Araújo, da Procuradoria Geral da República (PGR), que considerou as postagens gravíssimas, por promoverem “incitação de atos violentos e na ameaça direta de morte a integrante” do STF.“ Em síntese, o que se nota, mais uma vez, é o emprego de violência psíquica de real concreção a risco de vida de pessoa, em pseudoliberdade de expressão, cujo exercício não se coaduna com ataques à Democracia, ao Estado de Direito e às suas instituições, tampouco com ameaças de violência física. Tal garantia não pode, jamais, ser utilizada como escudo para a prática de crimes.”

PREFEITO DE CERRO GRANDE O ministro Alexandre de Moraes também acatou o pedido de buscas contra o prefeito de Cerro Grande do Sul (RS) Gilmar Alba (PSL), flagrado com R$ 505 mil em espécie no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Alba foi detido pela Polícia Federal (PF) na última quinta-feira (26/8).

O dinheiro foi encontrado armazenado em caixas de papelão durante a inspeção por raio-x. A PF disse que, ao ser abordado, o prefeito, conhecido como "Gringo", afirmou não saber o valor total transportado. Na sequência, teria dito que carregava R$ 1,4 milhão. "Em virtude da dúvida sobre a origem lícita do numerário, o montante foi apreendido pela Polícia Federal, todavia, durante a contagem, foi constatado que a soma era de R$ 505.000,00 (quinhentos e cinco mil reais), contrariando as versões do passageiro", informou a corporação em nota. As informações chegaram à CPI da Covid, que encaminhou a denúncia ao Supremo Tribunal Federal.

PROFESSOR MARCINHO A Polícia Federal cumpriu nesta segunda mais um mandato de prisão no inquérito que investiga a realização de atos antidemocráticos no dia 7 de setembro. O alvo foi o bolsonarista Márcio Giovani Nique, conhecido nas redes como “professor Marcinho”. A prisão é preventiva, ou seja, sem data para terminar, e foi cumprida em Santa Catarina. Recentemente, durante uma "live" pelas redes sociais, ele afirmou que “um empresário grande está oferecendo uma grana federal que vai sair pela cabeça [do ministro do STF] Alexandre de Moraes, vivo ou morto”. Professor Marcinho também afirmou que existe um agrupamento no Brasil e em outros países que irá caçar “ministro [do STF] onde quer que eles estejam”.