À medida que bolsonaristas se sentem protegidos por autoridades, por integrantes das forças armadas, polícia militar ou de áreas ligadas à segurança pública, a impunidade do movimento golpista, de extrema direita e com forte tendências fascistas, vem aumentando a violência, inclusive com ações terroristas.
A série de agressões cometidas por bolsonaristas inconformados com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mostram o caráter criminoso do movimento antidemocrático e o surgimento do terrorismo de extrema direita no Brasil. Nesta semana foram registrados casos de violência em São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Vitória (ES) e Fortaleza (CE). Os agressores são integrantes do movimento que prega a intervenção militar e permanecem acampados em várias cidades do país, sempre próximos aos quartéis do Exército.
Na tarde de sexta-feira (6/1), apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), que faziam uma carreata na avenida Angélica, no centro de São Paulo (SP), agrediram duas mulheres, uma delas a jornalista Tellé Cardim. Ela é moradora de um prédio da região e mostrou uma bandeira do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aos apoiadores de Bolsonaro que estavam dentro de um carro. De forma intempestiva, o grupo desceu do automóvel e partiu para cima da senhora, na tentativa de arrancar sua bandeira.
Outro episódio de violência ocorreu em Belo Horizonte, também na sexta-feira, quando uma equipe da Band foi cercada por bolsonaristas. Os profissionais foram agredidos e os bolsonaristas tentaram quebrar as câmeras e os equipamentos de trabalho usados pela equipe de jornalistas.
Na terça-feira (3/1), o repórter cinematográfico Jocemar Silva, da RDC TV, foi agredido com um tapa no rosto. O fato ocorreu no entorno do Comando Militar do Sul, em Porto Alegre, durante o desbloqueio de ruas que vinham sendo ocupadas por manifestantes golpistas desde o anúncio da vitória de Lula, no segundo turno das eleições presidenciais, no dia 30 de outubro de 2022. Eliel Alves (PRTB), vereador de Nova Santa Rita, na Região Metropolitana, foi identificado como o agressor do repórter Jocemar Silva.
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) publicou nota, nesta sexta-feira, 6, contra a agressão de bolsonaristas a jornalistas durante cobertura jornalística em acampamento de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em Belo Horizonte, Minas Gerais. O Sindicato de Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul – SindJoRS, a Federação Nacional de Jornalistas – Fenaj, a Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Estado – Arfoc/RS, o Sindicato dos Radialistas do Rio Grande do Sul e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas de Porto Alegre – STIGPOA repudiam veementemente a agressão aos profissionais da RDC TV.
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