
A imagem do presidente Jair Bolsonaro mundo à fora é uma das piores entre todos os chefes de estado do planeta e, com certeza, é a pior entre os presidentes do Brasil, desde a redemocratização do país. Aos olhos do mundo, a imagem do Brasil está associada às desastrosas iniciativas do governo Bolsonaro. Se somam às estratégias políticas equivocadas durante a pandemia de coronavírus, que resultaram em mais de 660 mil mortes, as incontáveis notícias sobre o Brasil, sempre negativas, como os ataques às instituições democráticas e a idolatria ao falecido coronel Brilhante Ustra, um torturar condenado por assassinatos e violações de toda ordem contra presos políticos, durante a ditadura militar que assolou o país de 1964 a 1985.
Invariavelmente, as manchetes sobre o país do futebol e do carnaval alertam para temas que vão do crescimento da violência policial, principalmente contra pobres e negros, ao aumento do desmatamento na Amazônia, passando pela proliferação dos garimpos em áreas de preservação, a poluição dos rios, a miséria e a fome cada vez mais intensas e o descaso com as comunidades indígenas, entre tantas outras. A lista é longa e apenas ratifica a avaliação dos brasileiros em relação ao catastrófico governo, comandado por um presidente acusado de ser fascista, homofóbico, genocida e negacionista.
A imagem desgastada do governo Bolsonaro fora do Brasil só piora. Na edição da terça-feira (12/4), o jornal britânico The Guardian ironizou a "farra da virilidade" praticada com dinheiro público pelas Forças Armadas Brasileiras, revelando que seus opositores exigem respostas sobre a compra de 35 mil comprimidos de Viagra, as chamadas pílulas para impotência. Chamado de presidente populista, o jornal lembra que Bolsonaro se vangloria da sua suposta virilidade, referindo-se a si mesmo como “imbrochável ”[sic]. Ao final da reportagem, o The Guardian descreveu a imagem que o presidente do Brasil transmite para o mundo. "Bolsonaro, de 67 anos, é um ex-capitão do Exército e paraquedista que encheu seu gabinete de militares e deu a entender repetidamente que estaria preparado para liderar uma “intervenção” militar contra as instituições democráticas do Brasil [sic]".
A impunidade de Bolsonaro diante das inúmeras denúncias é um convite à reflexão: existe algum outro país que distribui viagra às suas forças armadas? Leia a reportagem completa do The Guardian.