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2020; O ANO DA PANDEMIA, DO LUTO, DAS JANELAS E DO AMOR...



O ano de 2020 será lembrado pela trágica pandemia de coronavírus que retirou a vida de mais de 500 mil pessoas no mundo inteiro. Também ficará marcado pelo distanciamento, pelo isolamento social, pelo uso de máscaras e de álcool em gel. Mas fundamentalmente, 2020 será lembrado pela crise econômica e pela fome que se espalha e se multiplica entre os mais pobres.

Vivemos tempos de ruas vazias, de fábricas fechadas, de aulas interrompidas, de solidão, de dor e de luto. Um mundo sem teatro, cinema, futebol ou celebrações. Por muitos e muitos anos vamos lembrar de 2020 como o ano em que enxergamos o mundo pelas janelas. Mas, com certeza, também vamos comemorar o marco de um novo tempo.


É como se a pandemia tivesse freado o planeta, mudando a sua própria rotação e alterando a relação das pessoas com o tempo e com o espaço. E o relógio nos ensina que a vida está acima de tudo e que o amor se sobrepõe a todos. Se por um lado o vírus provoca medo, por outro demonstra que a solidariedade é algo bem maior que a soma de esforços. Estender a mão nos faz refletir sobre a importância da coletividade, de valorizarmos as estruturas públicas para que assumam as suas reais funções como forma de mudar a triste realidade do nosso Brasil.


Não basta repetirmos que nada será como antes, o pós-pandemia nos remete ao desafio de desenharmos um outro amanhã. Já é tempo de tratar o futuro como sendo o hoje. A pandemia nos obrigou a repensar os valores e a própria vida. Agora, mais do que nunca, precisamos referendar todas as conquistas, direitos e liberdades. Ao final de tudo, quando a vacina chegar, nada voltará ao normal em todo planeta. Será necessário construir outras estruturas de uma nova realidade. Todos temos papel fundamental na recuperação da economia. No entanto, não é admissível que o sacrifício recaia sobre os mais pobres e os miseráveis. É tempo de dividir as riquezas e multiplicar as oportunidades, os direitos, o conhecimento, de nos tornarmos mais humanos em diversos e diferentes aspectos da vida. Mais do que nunca será necessário repartir o pão, distribuir a renda e buscar o desenvolvimento de forma sustentável. O desafio do pós-pandemia será desenvolver políticas públicas para melhorar a qualidade de vida principalmente daqueles que nada têm.


O mundo vem mudando já faz tempo. A pandemia que nos traz tanta dor, nos mostra que é preciso transformar a vida agora, aqui na terra, nos céus, nas matas, nos rios e oceanos. Diante de novos horizontes, cabe a humanidade espalhar um outro vírus que se expressa em uma palavra simples e repleta de significados.


O amor que move o mundo em forma de afeto e caminha de mãos dadas despido de preconceitos. E se manifesta nas mais diferentes formas, pulsa e se multiplica, misturando as peles de muitas cores e as culturas de todos os povos.



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