A jornalista Vera Daisy Barcellos assumiu a presidência do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, na manhã desta quinta-feira (1/8) e reiterou a intenção da entidade de voltar a ser um espaço de todos os jornalistas, seja recebendo novos colegas que ingressam no mercado de trabalho quanto promovendo a reaproximação dos profissionais que estão afastados. Aos 70 anos, Vera é a primeira mulher negra a assumir o cargo máximo do Sindjors. Também é a primeira vez que mulheres ocupam os principais cargos da entidade, tendo Laura Santos Rocha permanecido na vice-presidência e com diversas jornalistas assumindo postos na nova diretoria do Sindicato.
Vera Daisy Barcellos reafirmou o compromisso do Sindjors e dos nove eixos que nortearão a gestão nos próximos três anos. A volta do processo de interiorização do sindicato; a aproximação da entidade com alunos e professores de universidades; a presença dos dirigentes mais frequente nas redações; a participação e a promoção de eventos culturais.
Também fez uma convocação pública a “todos que queiram estar juntos para reforçar o sentido de trabalhar pelos nossos direitos, pela democracia no país e cada vez mais pela liberdade de expressão”. A nova presidente do Sindicato dos Jornalistas do RS citou outros pontos de ação que considera importantes para a gestão, como a criação de espaços direcionados aos saberes jornalísticos, a retomada dos debates sobre as medidas que restringem, há 10 anos, o uso do diploma de jornalista para o exercício profissional e questões relacionadas ao desemprego na profissão.
O sindicato dos Jornalistas pretende construir relações solidária, fortalecendo os vínculos com as demais instituições sindicais que defendem o direito à comunicação, por meio de gestão participativa e sustentável e dento como princípios a ética no jornalismo. Vera Daisy Barcellos agradeceu a dedicação do ex-presidente Milton Simas, que dirigiu o Sindicato em dois mandatos e liderou a resistência frente aos desmandos que ameaçam a sobrevivência da instituição.
RETROSPECTIVA
Em sua manifestação de despedida, Milton Simas promoveu uma breve retrospectiva ao longo dos períodos de dois mandatos, lembrando as jornadas de junho de 2013, a Copa do Mundo de Futebol em 2014, os graves danos epidemiológicos provocados pela dengue em 2015, o golpe contra Dilma Rousseff em 2016; o calote financeiro da RBS e a reforma trabalhista em 2017; o assassinato da vereadora Marielle e a prisão política de Lula em 2018, chegando ao retrocesso generalizado no Brasil com Bolsonaro da presidência em 2019. O ex-presidente também pontuou a manutenção da Fundação Piratini, TVE e Rádio Cultura FM, bem como a maioria dos empregos dos funcionários como um imprescindível conquista da gestão, através da sua assessoria jurídica.
PRESENÇAS
Participaram do ato da posse, o ex- deputado e prefeito de Porto Alegre, Raul Pont; o vereador Adeli Sell, o ex- deputado Tarcisio Zimerman, o procurador Paulo Torelly, economista Dão Real dos Santos do IJF, Estevão Finger, do Sindicato dos Enfermeiros, lideranças comunitárias, sociais e sindicais da CUT RS, Ademir Wiederkehr, CTB/ Fecosul Guiomar Vidor, MNLM Suelen Gonçalves, Fetrafi RS Denise Corrêa, representantes da ARI, de bancadas partidárias e dos deputados federais Dionilso Marcon e Maria do Rosário e do estadual Fernando Marroni, entre outros.
Fonte: Imprensa/SINDJORS