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GREENWALD CONFIRMA QUE “HACKER” PRESO PELA PF LHE ENCAMINHOU MENSAGENS

Foto do escritor: Alexandre CostaAlexandre Costa

O jornalista Glenn Greenwald, editor do Intercept, lançou um tweet, no início da tarde desta quinta-feira (25/7), anunciando que o ministro Sérgio Moro ameaça transformar o Brasil numa ditadura e que pode ressuscitar a Lei de Segurança Nacional para prendê-lo. Minutos depois, o Diário do Centro do Mundo publicou matéria, com a seguinte manchete: “Greenwald confirma que preso pela PF lhe encaminhou mensagens”. Após a prisão dos supostos "hackers" de Araraquara, o Ministério da Justiça divulgou nota em que os suspeitos teriam atacado celulares usados por Jair Bolsonaro.

Para o editor do Intercept, a estratégia de Moro é transformar o escândalo que desmoralizou tanto ele quanto a própria Lava Jato num caso de "segurança nacional". Além de atacar a liberdade de imprensa no país, a estratégia de Sérgio Moro serve para justificar as medidas repressivas contra o Intercept e contra o jornalista Glenn Greenwald.

A Polícia Federal diz ter elementos que comprovariam que Walter Delgatti Neto, um dos quatro presos na última terça-feira (23/7) sob suspeita de atuar como hacker, foi a pessoa que repassou ao site The Intercept Brasil as conversas de autoridades da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. Delgatti disse a PF que encaminhou as mensagens ao jornalista Greenwald de forma anônima, voluntária e sem cobrança financeira. Ele afirmou ainda ter agido neste caso por não concordar com os caminhos da Lava Jato.

A apuração da PF é a de que o grupo hackeava contas do Telegram e contas bancárias por dinheiro. A perícia criminal da Polícia Federal copiou dados guardados pelo suspeito preso em plataformas de nuvens na internet que sugerem veracidade em pelo menos algumas das declarações de Delgatti até aqui.

Os contatos com Greenwald, segundo o preso, foram virtuais, somente pelo aplicativo de conversas Telegram, e ocorreram depois que os ataques aos celulares das autoridades já tinham sido efetuados. A polícia agora trabalha para confirmar se as informações dadas por Delgatti, de que agiu de forma voluntária e sem pedir dinheiro em troca, são verdadeiras. Não há até agora indício de que tenha havido pagamento pelo material divulgado, segundo investigadores. Em depoimento, Delgatti afirmou ainda ter agido neste caso por não concordar com os caminhos da Lava Jato. A apuração da PF é a de que o grupo hackeava contas do Telegram e contas bancárias por dinheiro.

LEI DE SEGURANÇA NACIONAL PODERÁ SER UTILIZADA PARA PRENDER GLEEN GREENWALD

"Impensável em qualquer democracia: o ministro da Justiça, Sergio Moro, está comandando a investigação contra nosso jornalismo, apesar de ser sua corrupção o que temos tornado pública. Ele está ameaçando utilizar uma lei da época da ditadura, a Lei de Segurança Nacional, para prender-me por fazer jornalismo", escreveu Gleen. O tweet referia-se a uma reportagem da versão internacional da Folha de S.Paulo sobre a tentativa de Moro de vincular os "hackers" aos vazamentos da Vaza Jato.

Numa nota de apenas quatro linhas, Moro usou a expressão "segurança nacional" duas vezes. Se agora Moro alega "segurança nacional", em 2016 grampeou ilegalmente uma presidente da República, Dilma Rousseff, para criar as condições para o golpe de Estado. Leia a nota de Moro: "O Ministério da Justiça e Segurança Pública foi, por questão de segurança nacional, informado pela Polícia Federal de que aparelhos celulares utilizados pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro, foram alvos de ataques pelo grupo de hackers preso na última terça feira (23).

"Por questão de segurança nacional, fui informado pela Polícia Federal e @JusticaGovBR de que meus celulares foram invadidos pela quadrilha presa na terça, 23. Um tentado grave contra o Brasil e suas instituições. Que sejam duramente punidos! O Brasil não é mais terra sem lei", escreveu o chefe do Planalto no Twitter.


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