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Imprensa/SINDJORS

Calote da RBS no SINDJORS completa um ano


O calote de R$ 280 mil da RBS contra o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SINDJORS) está completando um ano. Desde abril de 2017, as empresas do grupo descumpriram o acordo coletivo firmado entre o sindicato dos trabalhadores e as entidades patronais válido para período 2016-2018. O acerto assegurava o desconto de uma contribuição a título de taxa negocial, correspondente a três dias de salário, sendo meio dia a cada dois meses, dos funcionários da rede de comunicação.

O desconto incidia sobre os salários pagos aos jornalistas abrangidos pela Convenção Coletiva de Trabalho, nos termos do inciso IV do art. 8º da Constituição Federal e conforme fixado pela Assembleia Geral. Enquanto as demais empresas jornalísticas do Rio Grande do Sul cumpriram o acordo, a RBS deixou de recolher e repassar o valor de R$ 40 mil mensais, sucessivamente, em abril, junho, agosto, outubro e dezembro de 2017 e fevereiro e abril de 2018.

Com o calote do principal grupo jornalístico do Estado, houve perda de 60% na receita da entidade, que foi obrigada a tomar medidas duras para sobreviver. O sindicato foi forçado a promover demissões, reduzindo a folha em 65%. Hoje, as mensalidades dos associados sustentam apenas o pagamento de salários e custeio do SINDJORS, sendo insuficientes para a manutenção das assessorias jurídica, econômica e contábil.

A entidade também obrigou-se a colocar à venda a sede da Delegacia de Pelotas, aprovada em assembleia da categoria e que ainda não foi efetivada. O Sindicato chegou a participar de mediação na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, exigindo o cumprimento do acordo coletivo de trabalho. “Se as outras empresas de comunicação respeitaram o acordado, não havia motivo para o Grupo RBS ser o único a descumprir o que foi assinado por todos”, destaca o presidente do SINDJORS, Milton Simas Junior, lamentando que as mediações não tiveram efeito prático.


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