As palavras do músico de Osasco, Fernando Anitelli, na noite daquela quarta-feira, 15 de abril de 2016, na Esquina Democrática, no centro de Porto Alegre, ainda me inquietam e me fazem refletir sobre o "Golpe". Uma multidão foi às ruas pra dizer "Não Vai Ter Golpe, Vai Ter Luta", em uma Vigília Cultural pela Legalidade e em Defesa da Democracia. A maioria das pessoas não acreditava que Dilma Rousseff sofreria um processo de impeachment e deixaria a Presidência da República. Vale a pena ouvir o que disse o paulista Fernando Anitelli e a sua música repleta de verdades. Dois dias depois daquela Vigília, no dia 17 de abril, o plenário da Câmara dos Deputados aprovaria o relatório com 367 votos favoráveis e 137 contrários. O parecer da Câmara foi imediatamente enviado ao Senado, que também formou a sua comissão especial de admissibilidade, cujo relatório foi aprovado por 15 votos favoráveis e 5 contrários. No dia 12 de maio o Senado aprovou por 55 votos a 22 a abertura do processo, afastando Dilma da presidência até a conclusão do mesmo. Naquele momento, Michel Temer assumia interinamente o cargo de presidente. O trágico 31 de agosto de 2016 será lembrado como a data em que Dilma Rousseff perdeu o cargo de Presidente da República, após três meses de tramitação do processo iniciado no Senado, que culminou com uma votação em plenário resultando em 61 votos a favor e 20 contra o impedimento.