Greve geral muda o cenário político do Brasil
- Alexandre Costa
- 2 de mai. de 2017
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O balanço da GREVE GERAL que parou o Brasil na sexta-feira, dia 28 de abril, indica que o governo de Michel Temer está com os dias contados e que a renúncia seria a saída mais digna. O dia em que o Brasil parou entra para a história como a maior greve geral já realizada no país. No domingo (30/4), foi divulgada pesquisa do Datafolha, indicando que 85% dos brasileiros exigem diretas-já e o querem Temer longe do Palácio do Planalto. A rejeição do presidente golpista e o seu pacote de retrocesso políticos e sociais faz com que sete em cada dez brasileiros sejam contra a reforma da Previdência, um a das bandeiras do seu governo. A situação de Temer chega a ser dramática, pois foi colocado no poder por meio de uma conspiração, amparada pela grande mídia, pelo judiciário e pela quadrilha de políticos corruptos e sua imagem está tão desgastada que ele passou a ser tratado como um peso para os seus mentores e seus aliados.
Na sexta-feira, o Brasil amanheceu com ruas vazias, ônibus, metrôs e trens parados, fábricas fechadas, ruas bloqueadas e aeroportos parados. A greve unificou a luta das grandes centrais sindicais e a população aderiu aos protestos, em uma clara demonstração da contrariedade em relação aos cortes de direitos promovidos pelas reformas trabalhista e previdenciária. Dezenas de categorias de trabalhadores aderiram ao dia nacional de paralisação nos mais diversos ramos da economia, parando transporte, escolas, bancos e indústria em todo o país. Na saúde, os trabalhadores garantiram 10% de efetivo para garantir o funcionamento dos hospitais, unidades básicas, prontos-socorros, priorizando o atendimento às emergências. Em 22 estados, os bancários aderiram a greve, somando-se aos metalúrgicos, aos comerciários, químicos, petroleiros e trabalhadores de saneamento básico e dos Correios, além de professores e funcionários públicos.
As reformas propostas pelo governo de Michel Temer e suas ações sorrateiras serviram apenas de combustível para incendiar a população. O povo foi às ruas em defesa do Brasil, mas fundamentalmente porque se deu conta que o golpe era golpe.