
No Brasil, a eleição de 2016 para prefeitos e vereadores permitirá uma análise muito rica em relação à mídia e a influência que exerceu na construção da imagem junto à opinião pública de partidos e candidatos. Tão logo sejam fechadas as urnas e contabilizados os votos, o país estará diante de um novo cenário político. O resultado das urnas permitirá dimensionar o impacto causado pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Também nos dará subsídios para analisarmos a atuação da mídia e do exercício do jornalismo. Todos sabem que a polarização política só aumenta a parcialidade das opiniões, das informações e das notícias. Mesmo que ainda não tenhamos os dados, já é possível estabelecermos algumas convicções. Uma delas é de que o Brasil não será um país realmente democrático enquanto estiver subordinado ao monopólio das notícias. É cada vez mais urgente avaliar a atuação do trabalho sistemático que vem sendo feito pelo conglomerado das grandes emissoras. São visíveis as conseqüências causadas pelo monopólio da informação neste período conturbado da nossa história.