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O artigo do jornalista Paulo Moreira Leite, publicado no www.brasil247.com, é de uma extraordinária clareza e remete o leitor a um dos períodos mais deprimentes da história humana, o julgamento do carrasco nazista Otto Adolf Eichmann, em Jerusalém, em 1960. Leite cita Hanna Arendt, a filósofa que estudou o nascimento das piores tiranias do século passado, como forma de "entender que crimes políticos podem ser cometidos num ritual burocrático, imperceptível, automático, de olhos fechados". O jornalista lembra que o principal responsável pela máquina de morte de Auschwitz, Eichmann disse em seu julgamento que não tinha nada de “pessoal” contra os judeus que pereciam sob seu comando -- aos milhões. Apenas queria – sem assumir qualquer responsabilidade -- fazer seu serviço profissional, burocrático. Para Paulo Moreira Leite, "o crime cometido esta manhã no Senado representa um ataque – burocrático e irresponsável – à democracia brasileira".