Faltando menos de um mês para a votação do impeachment no Senado, o cenário político parece cada vez mais adverso para a presidenta afastada Dilma Rousseff. Nem mesmo o fato do Ministério Público Federal ter concluído que as pedaladas fiscais não configuraram crimes foi capaz de injetar otimismo aos ferrenhos defensores de Dilma. Gradativamente, as manifestações de rua perderam a força e há quem duvide que os apoiadores da presidenta afastada consigam retomar o “não vai ter golpe, vai ter luta” e o “fora Temer”.
Nesse sentido, a eleição para a Presidência da Câmara acabou tirando o foco da luta contra o golpe. E se a situação estava ruim ficou ainda pior em função da falta de coerência e de unidade em relação à eleição do sucessor de Eduardo Cunha. Como a esperança é a última que morre só nos resta acreditar que os senadores não darão continuidade ao processo de afastamento de Dilma.
Ao que tudo indica o julgamento final do impeachment terá desfecho final em meados de agosto. Provavelmente, os senadores decidirão se a denúncia de crime de responsabilidade contra a petista vai a julgamento final ou não. Após a decisão, a acusação terá 48 horas para elaborar um documento chamado de libelo acusatório e os advogados de Dilma terão o mesmo prazo para elaborar a defesa. Depois disso, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, terá no mínimo dez dias para marcar a data do julgamento final.
Diante da nossa total passividade e da incapacidade de resistirmos ao golpe, cabe a pergunta: o que isso companheiro, a resistência acabou???