
O Brasil foi vítima de mais um golpe na tarde desta quinta-feira (7/7). Enquanto o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) renunciava à Presidência da Câmara, seus colegas aprovavam o Projeto de Lei que põe fim à exclusividade da Petrobras no Pré-Sal. O texto agora vai direto ao Plenário da Câmara. Coincidência ou não, a votação foi concluída por volta das 14h30min, enquanto a grande imprensa tratava de repercutir as lágrimas de Cunha, mesmo sabendo que a decisão do ex-presidente da Câmara faz parte de mais uma manobra para salvar o seu mandato. Acreditar no jogo de cena de Cunha é mais ou menos como acreditar em papai noel. A imprensa brasileira deveria ganhar o prêmio toupeira em função da sua falta de percepção diante das questões que se colocam no cenário político nacional. Cabe ressaltar que todos os destaques que propunham mudanças no projeto foram rejeitados por maioria da Comissão Especial da Petrobras e Exploração do Pré-Sal. O relatório foi aprovado com uma celeridade espantosa. O texto do deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) concordava com o texto original de José Serra (PSDB-SP), ministro das Relações Exteriores. Enquanto Eduardo Cunha secava suas lágrimas , os amigos de Cunha acabavam com a obrigatoriedade do papel da Petrobras como operadora única. A mudança legislativa afeta todos os blocos contratados pelo regime de partilha de produção em áreas do pré-sal, que tinha o comando da estatal brasileira. Um grande lobby envolvendo empresas estrangeiras acompanhou todo o processo de tramitação dessa lei, no sentido de permitir a participação internacional nos lucros da descoberta nacional.
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