
A terça-feira , 10/5, foi de luta e resistência ao golpe contra o governo de Dilma Rousseff, em diversos pontos do Rio Grande do Sul. O "Dia Nacional de Mobilizações, Protestos e Paralisações", que contabilizou ações em 17 municípios do Estado, terminou à noite, com uma "Vigília Cultural em Defesa da Democracia", na Esquina Democrática, em Porto Alegre. Diversos músicos participaram da atividade, intercalada por manifestações dos representantes de partidos políticos, movimentos sociais e sindicais. Cerca de duas mil pessoas participaram do ato na Esquina Democrática.
Uma das “apresentadoras” do ato, Abgail Pereira (PCdoB) afirmou que, embora os movimentos tenham paralisado as estradas, “são os golpistas que estão paralisando o nosso país, deixando cada vez mais difícil a vida da população”. O presidente estadual do PT, Ary Vanazzi, elogiou o engajamento e a participação de militantes e daqueles que se posicionaram contra o golpe. Vanazzi ressaltou um aspecto positivo na luta contra o golpe, "que foi a união da esquerda brasileira, dos partidos políticos, movimentos sociais e centrais sindicais.
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Guiomar Vidor, afirmou que os movimentos sociais não vão aceitar de forma pacífica o retrocesso que vai ser apresentado pelo Michel Temer. "Sabemos que ele quer diminuir as conquistas sociais e tentar retirar direitos trabalhistas”, afirmou. Já o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS), Claudir Nespolo, anunciou que o "Dia Nacional de Mobilizações" foi o primeiro passo para a realização de uma greve geral. "Nós vamos parar o Brasil", disse Nespolo.