
O momento político brasileiro é de total eferverscência. Todos têm opinião, expressam os pensamentos, se posicionam. Estamos diante de uma dicotomia. Sim ou Não. Não há espaço para meio termo. Há apenas dois lados, dois campos distintos. E isso nos reduz, nos torna menores, atrofia a luta política e a formação de consciência crítica. Não basta tomarmos às ruas e repetir o bordão NÃO VAI TER GOLPE, VAI TER LUTA. Se nossos opositores lutam contra o tempo para derrubar a presidenta Dilma, nós, que lutamos contra o golpe, também corremos contra os ponteiros do relógio. É preciso criar alternativas para que a nossa luta não se torne cansativa, monótona, incapaz de ampliar horizontes. É hora de nos tornarmos mais intensos e também nos tornarmos completamente livres para interpretarmos o cenário político.
AS MUDANÇAS SÃO INEVITÁVEIS, PORÉM TUDO QUE ESTÁ EM JOGO CHEIRA A MOFO: ESTAMOS DIANTE DA VELHA LUTA DE CLASSES.