Havia um bom tempo que o Brasil não vivia tamanha efervescência política. Ao fazer contraponto à multidão que clama pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, é bem possível que o movimento em defesa da democracia contribua para oxigenar as esquerdas e os setores mais progressistas da sociedade. Ainda que o futuro seja uma incógnita, quem foi às ruas e participou das manifestações jamais esquecerá esse período da nossa história.
O tensionamento entre os que defendem a democracia e a legalidade e aqueles que vestem verde e amarelo e são chamados de coxinhas gerou um ambiente de embates de ideias e confronto de opiniões. De norte a sul do país, cresce a cada dia as manifestações, os atos, os shows, as atividades de rua, os grupos, coletivos e o apoio de categorias profissionais à democracia.
Na segunda-feira (21/3), os ânimos se exaltaram entre estudantes da PUC, em São Paulo, e a PM ao invés de acalmar os ânimos, desceu cassete na gurizada. Em Porto Alegre, centenas de artistas participam de uma manifestação em defesa da democracia, na quarta-feira, (23/3), a partir das 17h, no Largo Zumbi dos Palmares.
Na quinta-feira (24/3) a Frente Povo Sem Medo, formada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e outras 26 organizações estão está promovendo a "Mobilização em Defesa da Democracia: a Saída é pela Esquerda", em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza, Uberlândia e outras cidades.
Em Porto Alegre, a iniciativa para ampliar a participação em defesa da democracia também será na periferia. Na tarde do sábado (26/3), está programada uma atividade no Morro da Cruz: "Ocupe a Cidade por mais Democracia".
No dia 31 de março, a Frente Brasil Popular promove manifestações em todo Brasil e promete colocar muito mais pessoas nas ruas.
No dia 1º de abril, os movimentos sociais estão programando diversos atos e manifestações nas principais cidades do país, em repúdio à Rede Globo.