A ex-candidata à presidência da República pelo PSOL, Luciana Genro, emitiu opinião no seu perfil no facebook. “O pedido de prisão preventiva de Lula não tem fundamento jurídico. Embora isto seja muito comum no âmbito do direito penal (pedidos de preventiva sem fundamento, baseados em geral na aparência e condição social do acusado) neste caso os promotores foram ainda mais longe. O Ministério Público em SP está politizando sua atuação numa linha reacionária que ataca o direito de manifestação e não tem feito o mesmo esforço para investigar as fraudes e corrupção do PSDB”, escreveu Luciana.
No seu pequeno texto, Genro concede o mesmo peso para as irregularidades cometidas no rito processual às acusações e aos supostos crimes cometidos pelo ex-presidente Lula. Ao admitir a politização por parte do Ministério Público de São Paulo, Luciana desconstitui o trabalho dos promotores, tendo em vista que as posições ideológicas dos mesmos, ao que tudo indica, estão acima da Justiça, o que torna-os incapazes de exercerem seu trabalho com isenção.
Luciana menciona no seu texto uma hipótese que é elementar para a Justiça: “Mas que fique claro: É preciso que haja a investigação de todos e a punição de quem quer que seja, caso provado. E continua “Neste sentido é muito importante a continuidade da lava Jato. O Juiz Sérgio Moro disse: há duas alternativas: fazer de conta que não existe, deixar tudo passar ou enfrentar. Eu defendo que é necessário enfrentar a corrupção, doa a quem doer. Nada pode parar as investigações”.
Se Luciana Genro considera que o MP de São Paulo esteja politizando sua atuação, é no mínimo estranho os elegios ao trabalho do juiz Moro, que vem exercendo o poder de forma arbitrária, sendo o mesmo inúmeras vezes mais politizado do que o trio de promotores de São Paulo.
A posição da ex-candidata à presidência da República faz lembrar aquele ditado popular “uma no ferro, outra na ferradura”.