Durante a entrega de 2.434 moradias às nove mil pessoas beneficiadas pelo programa Minha Casa, Minha Vida, em Caxias do Sul, na serra gaúcha, a presidenta Dilma Rousseff criticou novamente a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ocorrida na última sexta-feira (4/3), na 24ª fase da operação Lava Jato. Dilma rebateu o argumento do MPF de que a condução teria sido uma forma de "proteger" Lula.
Dilma disse que a oposição quer antecipar as eleições de 2018 e rebateu o argumento do MPF que a condução foi para "proteger" Lula: "Tem certo tipo de proteção que é muito estranho. Não é possível aceitar que tenhamos pessoas que jamais se recusaram a depor, como é o caso do ex-presidente Lula, diante da obrigação de depor, sendo que nunca se julgou melhor do que ninguém. Sempre compareceu aos depoimentos quando foi solicitado. Não tem o menor sentido conduzi-lo se ele jamais se recusou a ir", afirmou Dilma.
Ao subir ao palco, militantes e simpatizantes do PT fizeram coro em apoio à presidenta: "Não vai ter golpe, vai ter luta". Dilma afirmou que a oposição pretende antecipar as eleições de 2018, prejudicando a economia do país. “A casa própria é dinheiro de vocês, usado para vocês. O programa é o uso correto dos impostos para o povo que trabalha e se esforça e quer ter a casa própria. O meu governo se esforço para isso", disse.
Dilma fez referência aos problemas econômicos enfrentados pelo Brasil. "Queria explicar a todos vocês que passamos por dificuldades econômicas e somos obrigados a fazer ajustes. Fizemos mudanças para preservar aquilo que consideramos importante, como o Minha Casa, Minha Vida. Vamos lançar a terceira fase do programa, com a entrega de 1,5 milhão de moradias,e que vão se somar aos outros 4 milhões que entregamos anteriormente", informou a presidenta.
FOTOS: Roberto Stuckert Filho/PR