Professores da rede estadual de ensino fazem caminhada pelas ruas do centro de Porto Alegre, na tarde dessa segunda-feira, 29/2, e promovem aula pública em frente ao Palácio Piratini, para denunciar o processo de desmonte da educação e a ineficiência das políticas do governo José Ivo Sartori (PMDB). Durante a caminhada, os professores distribuíram panfletos com as reivindicações da categoria e com o calendário de manifestações para o mês de março.
A presidente do Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS Sindicato), Helenir Aguiar Schürer, convocou professores e funcionários das escolas estaduais para intensificar a mobilização, com objetivo de buscar a adesão da categoria e promover a maior paralisação de professores já realizada no estado. O calendário do CPERS prevê greve nos dias 15, 16 e 17 de março, atividades que fazem parte da agenda da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação.
No dia 18 de março, o sindicato fará assembleia geral no Gigantinho, em Porto Alegre, para discutir a proposta de greve geral, o que pode levar a categoria a entrar em greve por tempo indeterminado. Helenir Schürer fez um alerta à população. “Este governo é responsável pelo desmonte da educação pública no Rio Grande do Sul e no 18 de março teremos assembleia para decidir se entraremos em greve por tempo indeterminado”, explicou a presidente do sindicato.
Promovida pelo CPERS Sindicato e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a aula pública desta segunda reuniu representantes de vários estados que fizeram relatos sobre o processo de desmonte da educação pública no Rio Grande do Sul. “Professores e funcionários das escolas da rede estadual estão com salários e com o 13° atrasados e parcelados e a defasagem do piso salarial do magistério gaúcho já é de 69,44%”, disse Helenir Schürer, informando também que a mobilização desta segunda-feira teve como objetivo informar a sociedade gaúcha sobre o desmonte da educação pública no Estado.