Existe um movimento forte para manter o Ministério da Saúde com o PT. Lideranças do partido esperam uma interferência do ex-presidente Lula. Porém, segundo a Folha de São Paulo publicou, o próprio Arthur Chioro tem dito em conversas reservadas que mesmo que o PMDB não assuma a pasta ele não permanecerá à frente do Ministério. Chioro se sentiu rifado pelo governo.
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Jornal GGN - A presidente Dilma Rousseff (PT) parece mesmo decidida a reeditar Lula em 2005 e entregar ao PMDB o Ministério da Saúde para superar a crise política. Àquela época, o antecessor no Planalto teve sucesso nas medidas para desidratar os impactos do mensalão sobre o governo. Hoje, alguns colunistas, caso de Ilimar Franco (O Globo), avaliam que "dar ao PMDB o que é do PMDB" é a melhor saída para, pelo menos, conter as ameaças de impeachment.
Nesse cenário, Dilma teve de negociar com bancadas do PMDB na Câmara e Senado os nomes dos novos ministeriáveis. Na quarta (23) pela manhã, Leonardo Picciani entregou uma lista com sete deputados e indicou que dela deve sair o nome do novo ministro da Saúde.
Foram sugeridos o ex-ministro Saraiva Felipe e Marcelo Castro, citados nos escândalos da máfia das sanguessugas e caso Dnit, respectivamente, além de Manoel Júnior. Segundo a Folha, Saraiva já foi vetado por Dilma, e Marcelo não conta com a simpatida do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB).
Por isso, é Manoel Junior quem desponta como favorito - ou com menos restrições - dentre os ministeriáveis da Saúde. Médico de formação, é ligado a Cunha e ao líder da bancada, Picciani. Em agosto passado, saiu na imprensa sugerindo que Dilma, diante da conjuntura política e economia difícil, renunciasse. Assista aqui. Em 2013, apesar de defender o fortalecimento do SUS, criticou o Mais Médicos - dizendo que cubanos não teriam preparo sobre "doenças tropicais", rejeitando o estágio obrigatório de dois anos na rede pública para estudantes de medicinas e exigindo revalidação do diploma de estrangeiros e facilidades para que profissionais brasileiros possam atuar no exterior.
Dilma ficou de anunciar a reforma ministerial essa semana, mas foi aconselhada a adiar a missão por alguns dias, até que o desenho seja concluído. Em posse da Saúde, o PMDB comandará o maior Orçamento da Esplanada dos Ministérios. Só no ano passado, a pasta administrou R$ 106 bilhões.