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por Alexandre Costa - Jornalista (mtb 7587)

Esquina Democrática completa 18 anos em setembro


Tombado pelo patrimônio cultural, no dia 17 de setembro de 1997, a Esquina Democrática faz parte da história da capital dos gaúchos e tem sido palco das principais manifestações políticas e sociais.

Tradicional ponto de passeatas e manifestações políticas e culturais de Porto Alegre, a Esquina Democrática está situada no cruzamento da Avenida Borges de Medeiros com a Rua da Praia (Rua dos Andradas). O nome surgiu em 1982, no final do regime militar, período em que foram realizadas inúmeras mobilizações pelas Diretas Já em todo Brasil. Em função do passado e da relevância histórica, política e social, o espaço foi tombado pelo patrimônio cultural do município, no dia 17 de setembro de 1997.

Palco e cenário de debates políticos e sociais, o local mistura-se à própria história da cidade e do país. Foram muitos os episódios políticos ocorridos ali: uma manifestação popular promovida pela União Republicana, em 1890, foi dissolvida pelo exército, com uso de armas de fogo, na esquina da Rua Uruguai, muito próximo ao local que passou a ser chamado de “Esquina Democrática”. Em 1915, uma manifestação política contra a candidatura do Marechal Hermes da Fonseca ao Senado Federal, realizada naquele mesmo local, resultou em um violento conflito com a Brigada Militar.

Durante a Revolução que dividia o Estado, em 1923, o local próximo à Rua dos Andradas foi palco de lutas entre os manifestantes. Em 1954, a congruência da Rua da Paria com a Avenida Borges de Medeiros foi cenário de uma das manifestações mais violentas registradas naquele local. Após o anúncio do suicídio do presidente Getúlio Vargas, uma multidão enfurecida depredou diversas casas comerciais ao longo daquelas vias. Nos anos de chumbo, período da ditadura militar (de 1964 a 1985), as principais manifestações políticas foram realizadas naquele quadrilátera, que atualmente é chamado de Esquina Democrática pelos moradores de Porto Alegre.


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